Dois dia antes, a Caixa Federal anunciou alguns reforços, como a testagem em massa dos empregados; a ampliação de orientações internas de prevenção ao contágio e ações de higienização das unidades; acompanhamento emocional e psicológico dos empregados e a manutenção do sistema home office até o dia 30 de setembro. Algumas das medidas foram sugeridas pelos sindicatos em 2020. No caso do home office, além da manutenção do regime de trabalho, a CEE cobrou a ampliação do grupo de empregados na modalidade, uma vez que as novas variantes do coronavírus podem agravar a doença em pessoas fora do grupo de risco.
A CEE apontou falhas na aplicação do protocolo e cobrou medidas além das anunciadas pela Caixa Federal. Para o diretor do Sindicato e representante da Federação dos Bancários de SP e MS na CEE, Carlos Augusto Silva (Pipoca), “precisamos de orientações claras no texto do protocolo, dado que em algumas unidades a limpeza é realizada com empregados no interior das dependências e essa conduta é absolutamente inaceitável. Agências e departamentos com casos suspeitos ou confirmados devem ser desocupadas e fechadas imediatamente e só podem reabrir após higienização e depois de decorrido o tempo que o produto utilizado requer para dissipação”.
Na reunião, os participantes definiram que estão suspensas todas as reuniões presenciais, bem como a visitação de clientes.
Convocação de empregados vacinados e grupos de risco
A Comissão solicitou esclarecimentos sobre denúncias de convocação de empregados vacinados contra a Covid-19 e de grupos de risco para o retorno ao trabalho presencial. A Caixa Federal informou que nenhum gestor está autorizado a fazer a citada convocação. Novamente a CEE cobrou uma comunicação explícita da Caixa Federal.
A CEE reivindicou ainda a inclusão no protocolo de proibição de ingresso nas unidades de pessoas infectadas pelo coronavírus, já que a falta de clareza no protocolo dá margem para que ocorra esse tipo de situação. “Em muitos pontos não há que se ter margem para interpretação. Por exemplo, admitir que um cliente que se declara infectado pelo Sars-Cov-2 seja atendido presencialmente. Afinal, essa postura pode causar uma tragédia”, destaca Pipoca.
Vacinação dos empregados
A Comissão reivindicou uma atuação mais efetiva da Caixa Federal junto ao Poder Público para que os empregados sejam incluídos nos grupos prioritários da vacinação contra a Covid-19.
Testagem dos empregados
A CEE solicitou o compartilhamento do resultado das testagens com os representantes dos empregados, com o objetivo de avaliar a necessidade de novas medidas de proteção. A Caixa Federal não concordou. Justificativa: informações sob sigilo médico.
Aquisição de equipamentos e máscaras adequadas
O fornecimento de máscaras adequadas (N95, PFF2, tripla cirúrgica) também foi reivindicado pela CEE, que pediu informações sobre os valores disponibilizados às unidades para aquisição destes e de outros equipamentos de proteção. Em resposta, a Caixa Federal informou que não identificou a necessidade de complementar o valor e que a quantia depende da composição das unidades, sem detalhar a evolução da verba. Muitos empregados reclamam da insuficiência do recurso para aquisição das máscaras. “É importante ressaltar que o fornecimento de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) é de responsabilidade do empregador e os empregados devem utilizá-lo. Caso a unidade não esteja com os equipamentos adequados, o empregado deve entrar em contato com o sindicato local, para que seja exigido o equipamento”, observa o diretor do Sindicato, Carlos Augusto Silva.
Vacinação H1N1
A Comissão também solicitou a prorrogação do prazo para reembolso da vacinação contra a gripe, que termina no dia 30 deste mês de junho. A Caixa Federal informou que vai estudar a ampliação do prazo. A CEE cobrou ainda detalhamento do cronograma de vacinação nas unidades e nos estabelecimentos dos fornecedores contratados para que as entidades possam reforçar a divulgação para os empregados.
E mais: a Comissão cobrou a inclusão dos aposentados na campanha de vacinação, ou a realização de campanha específica para este público, o que traria benefícios para a saúde dos aposentados e contribuiria para reduzir os custos do plano de saúde. A Caixa Federal assumiu compromisso em avaliar a proposta.
Fonte: Fenae/Contraf-CUT