Pressionado pela greve desta quarta-feira, 10 de fevereiro, o Banco do Brasil aceitou proposta do Comando Nacional dos Bancários e reabriu no mesmo dia o processo de negociação sobre os impactos do plano de reestruturação nos locais de trabalho, na carreira profissional dos funcionários. Porém, a exemplo da reunião com a Contraf-CUT na véspera (dia 9), mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), o BB travou as discussões ao apresentar propostas inaceitáveis, provocativas.
Para suspender o descomissionamento dos caixas executivos, o banco apresentou as mesmas condições rejeitadas no dia anterior. Ou seja, retirada de ações judiciais que garantem direitos como, por exemplo, incorporação salarial, proibição de remoção compulsória, não fechamento de agências (como prevê o plano) e reclassificação de faltas. A única “oferta” foi a manutenção da gratificação dos caixas por três meses; no quarto mês, prioriza (por 30 dias) a abertura de caixas pelos desgratificados.
Estado de greve
Diante desse quadro, de impasse no processo de negociação, o Comando orienta manutenção do estado de greve e ingressos de ações na Justiça para garantir direitos, como já fez a Federação dos Bancários de SP e MS (FEEB SP-MS), da qual o Sindicato é filiado. Inclusive já foi ingressada ação contra o Economus pleiteando o direito de manutenção do plano Plus aos incorporados (BNC), com contribuição do empregado e empregador. E mais: contatos com prefeitos e parlamentares. Nesta terça-feira (dia 9) o Sindicato recebeu apoio do prefeito de Campinas, Dário Saadi. (clique)
Tuitaço: Nesta quinta-feira (11) o BB divulga o lucro de 2020. Às 11h, novo tuitaço e protestos nas redes sociais, com as hashtags #BBParado e #MeuBBValeMais.
Plenária estadual dia 17
Para avaliar a mobilização contra o desmonte proposto pela diretoria do BB, a FEEB SP e MS realizará plenária virtual na Quarta-Feira de Cinzas (dia 17), às 18h30 (link abaixo). E, no próximo dia 19 (sexta-feira), o Comando se reunirá para avaliar a luta nos locais de trabalho e a batalha judicial.
Avaliação
Para a diretora do Sindicato e representante da FEEB SP e MS na Comissão de Empresa (CEBB), Elisa Ferreira, “a desgratificação dos caixas é inaceitável. Aliás, a proposta não garante coisa alguma, assim como não impede o desmonte do banco, em prejuízo dos funcionários e da sociedade. Vale ressaltar que a negociação desta quarta-feira (10) não avançou. Mas, é resultado da pressão dos funcionários. Portanto, é preciso manter a mobilização”.
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