Com prazo de vigência de dois anos (2020/21), a nova CCT prevê reajuste salarial de 1,13% (correspondente a 55% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor/INPC acumulado no período de junho de 2019 a maio de 2020), abono único de R$ 1 mil e reajuste de 2,05% (INPC integral) sobre verbas e benefícios. Para 2021, reajuste dos salários, verbas e benefícios com base no INPC integral, acumulado no período de junho de 2020 a maio de 2021.
PLR: Neste ano, as regras da Participação nos Lucros e Resultados (PLR) serão mantidas, as mesmas da CCT vencida. Para 2021, será criado um Grupo de Trabalho (GT) para discutir eventuais alterações no formato da atual PLR.
Jornada: As financeiras desistiram de incluir na CCT uma nova cláusula referente ao Sistema Alternativo Eletrônico de Controle da Jornada de Trabalho.
Mulher: As financeiras concordaram em debater e apoiar o combate à violência contra as mulheres, estabelecendo medidas de proteção às vítimas por instrumento de adesão.
Avaliação: A nova proposta traz avanços. Na primeira rodada, realizada no dia 25 de setembro, as financeiras propuseram reajuste de 80% do INPC sobre salários, verbas e benefícios em 2021. Na rodada deste dia 1º de outubro, aceitaram reajustar em 100% do INPC. Quanto à PLR, as financeiras propuseram fixar o percentual de 5% do lucro líquido como limite para distribuição. Agora, aceitaram manter as regras atuais. No que se refere à mulher, as financeiras tinham recusado assinar uma CCT com cláusula prevendo o combate à violência. Voltaram atrás. E desistiram de incluir mudanças no controle da jornada.
Orientação: A nova CCT será votada em assembleia virtual, a ser realizada em breve. Os sindicatos, que foram representados pela Comissão de Organização dos Financiários no processo de negociação, defendem a aprovação. Os direitos foram mantidos. A data-base dos financiários é 1º e junho.
Fonte: Contraf-CUT