O Itaú e Santander se negaram negociar emprego e rotatividade durante audiência de mediação no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) com a Contraf-CUT, realizada ontem (16/01) em Brasília. Inclusive não aceitaram a proposta do secretário do Trabalho, Manoel Messias, que propôs a formação de uma mesa de negociação do setor bancário, a exemplo de outros setores da economia. Representantes dos dois Bancos também negaram acesso dos sindicatos às informações mensais do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged).
Para o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, “as demissões são injustificadas. Não aceitamos pagar a conta da pequena redução dos juros e da chamada melhoria da eficiência dos Bancos”. Além de representantes do Itaú e Santander, participou da audiência o negociador da Fenaban, Magnus Apostólico, que na Campanha Nacional dos Bancários de 2012 disse que o tema emprego devia ser discutido Banco e Banco.
Dados: demissões
Segundo dados dos balanços, o Itaú cortou 7.831 empregos entre janeiro e setembro do ano passado. Somente no terceiro trimestre de 2012, o Banco reduziu 2.090 postos de trabalho. Desde abril de 2011, houve o fechamento de 13.595 vagas, segundo análise do Dieese. Já o Santander cortou 955 empregos só em dezembro, conforme dados fornecidos pelo Banco para a Contraf-CUT, após determinação da procuradora do Ministério Público do Trabalho, Ana Cristina Tostes Ribeiro.
Fonte: Contraf-CUT