ogo após receber o aval do Banco Central, que aprovou a fusão no último dia 18 de fevereiro, o Itaú Unibanco iniciou processo de demissões. Os cortes começaram por áreas onde os salários são mais altos e a sobreposição de equipes, maior: ou seja, as corretoras de valores e os bancos de investimentos e atacado, segundo o jornal Valor Econômico (edição do último dia 25). A maior incógnita “são as demissões potenciais na área de varejo dos dois bancos”, destaca o jornal. O Itaú Unibanco tem cerca de 105 mil funcionários (números de setembro) e a maior parte deles na operação de varejo. Ainda segundo o citado jornal, pode ocorrer enxugamento de dez mil funcionários em áreas como recursos humanos, marketing, tecnologia, dentre outras.
Para o diretor do nosso sindicato e integrante da Comissão de Organização dos Empregados (COE), Mauri Sérgio, desde o anúncio da fusão, em novembro do ano passado, os sindicatos reivindicam nas mesas de negociações a garantia de emprego. “As fusões no setor bancário sempre resultam em fechamento de postos de trabalho. Apesar da promessa de não fechar agências e poupar os empregos, o Itaú Unibanco até agora não concordou em colocar no papel esse compromisso. Obviamente que não podemos acreditar em papai Noel. O golpe inicial foi duro, porém é preciso resistir e construir alternativas que preservem o atual quadro de funcionários. A fatura não pode ser paga por aqueles que contribuem para o crescimento das duas instituições”.
– Nesta terça-feira, dia 3, a COE reúne-se com representantes do Itaú Unibanco. Na pauta, entre outros pontos, as demissões.