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A ação é parte da Campanha Nacional 2024, com o objetivo de renovar também a Convenção Coletiva de Trabalho dos bancários, por mais dois anos.
Na reunião de ontem, os representantes dos trabalhadores cobraram o fim das funções por minuto e correção de discrepâncias nas remunerações de funções que exercem tarefa semelhante.
A reivindicação é para que a Caixa designe funções apenas de forma efetiva ou por substituição, e não faça mais qualquer tipo de designação por minuto, seja para o cumprimento de tarefas de caixas, seja de tesoureiros.
Equiparação salarial
Foi solicitado também: que o banco equipare a remuneração de colegas que cumprem a mesma tarefa, mas que, devido a processos de reestruturação, passaram a ter remunerações diferentes; e que a Caixa negocie as regras e a aplicação dos programas de avaliações de desempenho com a mesa de negociação permanente.
Grupo de trabalho
Na minuta de reivindicações entregue à Caixa, a representação sindical das empregadas e empregados também pede a criação de um grupo de trabalho, com duração prevista de seis meses, para fazer a revisão dos atuais Plano de Funções Gratificadas e Plano de Cargos e Salários.
O objetivo é corrigir diversas distorções criadas após a implementação de mudanças promovidas unilateralmente pela empresa e também pelas próprias mudanças previstas com as novas estruturas que estão sendo criadas, como as agências digitais.
Os artigos 64 e 65 são os que tratam sobre a ascensão na carreira. Além disso, é solicitada a participação dos trabalhadores na formulação dos descritivos das funções, que constam nos normativos da Caixa e regem os processos seletivos internos.
Sobrecarga e adoecimento
Nesta mesa, a diretora executiva da Contraf-CUT, Eliana Brasil, apresentou dados de um levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) que indicam a redução de postos de trabalho no Banco, mesmo com crescimento no número de clientes.
Com base nos balanços do banco, o estudo mostra que, do final de 2014, quando o banco possuía 101.484 empregados, até o encerramento do primeiro trimestre de 2024, quando o quadro de pessoal chegou aos 86.794 empregados, houve uma queda 14.690 postos de trabalho, redução de 14,5%.
Neste mesmo período, o número total de contas bancárias na Caixa rumou em sentido inverso. Saltou de 84,9 milhões para 233,3 milhões, crescimento de quase 175%.
Eliana apresentou também dados sobre os afastamentos para tratamento de saúde por questões relacionadas diretamente ao trabalho (B91), que aumentaram de 401 afastamentos em 2014, para 524 afastamentos em 2022, segundo o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS).
Na comparação com os demais trabalhadores a incidência de afastamentos das empregadas e empregados da Caixa chega a quase o dobro. No mercado de trabalho em geral a incidência de afastamentos é de 3,1/1000 trabalhadores. Na Caixa, a incidência é de 6/1000.
“E é triste ver esses números que mostram a Caixa sendo reduzida. Pois o trabalho social que ela realiza em todo o país é gigantesco”, observou Eliana Brasil. “Por isso, defendemos que quanto maior o número de agências e empregados, melhor para o país. E a Caixa tem condições de manter tudo isso se continuar a trabalhar com uma estratégia voltada para seu foco principal, que é o atendimento da população brasileira”, completou.
Calendário de negociações
A Caixa apresentou uma proposta de calendário para as negociações de renovação do ACT das empregadas e empregados. As reuniões serão realizadas no dia seguinte ao das reuniões entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria bancária.
Desta forma, as próximas mesas ocorrerão nos dias: 12, 19 e 26 de julho; 7, 14, 21 e 28 de agosto – os temas serão definidos nos próximos dias. (Com informações Contraf-CUT)