
A pressão por resultados no Banco do Brasil tem ultrapassado todos os limites. Funcionários e funcionárias das áreas de varejo, escritórios e agências relatam casos cada vez mais frequentes de assédio moral, adoecimento e sobrecarga de trabalho — reflexo direto das metas abusivas e da falta de pessoal.
Diante dessa realidade, diretores e funcionários do Sindicato realizaram, na manhã desta quarta-feira (5/11), uma mobilização na agência da Rua Dr. Quirino, no Centro de Campinas.

Para o presidente Lourival Rodrigues, o ato “foi um momento para dialogar com os bancários e com a população sobre nossas reivindicações”. O Sindicato defende um ambiente de trabalho saudável e o fim do abuso na cobrança de metas e do acúmulo de serviço absorvido pelas PSOs.
“É importante que o banco retome o diálogo com a representação dos trabalhadores e cumpra seu papel público, oferecendo bom atendimento e reafirmando sua importância na economia do Brasil”, destacou Lourival.
Mobilização nacional
O ato integra o Dia Nacional de Luta no BB, organizado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e pela Contraf-CUT, com o objetivo de dar visibilidade aos problemas enfrentados pelos bancários e exigir mudanças no modelo de gestão que transforma metas em instrumento de assédio e sofrimento.
“O Banco do Brasil tem um papel social importante e não pode seguir colocando o lucro acima das pessoas. É hora de mostrar nossa força e defender um ambiente de trabalho saudável, com respeito, dignidade e condições justas para todos”, afirmou Maria Aparecida da Silva (Cida), diretora do Sindicato e integrante da CEBB.
A CEBB vem denunciando, de forma recorrente, os impactos da reestruturação no Banco do Brasil, que tem resultado em redução de quadros, acúmulo de funções e infraestrutura limitada.
O movimento sindical cobra a suspensão imediata do processo em andamento e critica medidas como a ampliação da jornada para oito horas em diversas funções — adotadas sem diálogo com as entidades representativas.
Vale lembrar ainda que, recentemente, e somente após pressão do movimento sindical, o Banco do Brasil voltou a pagar as substituições temporárias de novembro, revertendo decisão unilateral que havia suspendido o benefício e gerado forte indignação entre os funcionários.


