
Diretores e funcionários realizaram paralisação parcial, até às 10h, na agência do Centro (010). O ato cobra que o Santander respeite seus funcionários, respeite seus clientes e pare com a terceirização.
“O que não nos faltam são motivos para questionar a postura que o banco vem adotando em relação aos fechamentos de agências, à falta de funcionários e ao atendimento precário. As agências que permanecem abertas acabam absorvendo a demanda das que foram fechadas, gerando uma sobrecarga enorme. O que a gente precisa é que o Santander enxergue o que está acontecendo — porque, do jeito que está, parece que nada está acontecendo”, destaca a diretora Patrícia Bassanin.
A política do banco é clara: insistir na exploração do trabalho, afetando a população e fragilizando a organização sindical bancária, ao reduzir o alcance da CCT e tentar dividir a categoria.
Tudo isso ocorre mesmo com lucros bilionários: apenas nos nove primeiros meses de 2025, o Santander registrou lucro líquido gerencial de R$ 11,529 bilhões, crescimento de 15,1% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Não à terceirização!
Entre 2019 e 2023, o grupo Santander ampliou seu quadro funcional de 47,8 mil para 55,6 mil trabalhadores. À primeira vista, o número parece positivo. No entanto, o crescimento não ocorreu entre os bancários que integram a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria, e sim entre os terceirizados — contratados por empresas coligadas, como Tools e F1rts, para desempenhar atividades tipicamente bancárias, mas sem os mesmos direitos e garantias.
Ou seja: o banco está terceirizando sua própria força de trabalho. Tanto é que, ao mesmo tempo em que fechou cerca de 10% de suas agências e reduziu as despesas diretas em 22%, os gastos com suas empresas coligadas cresceram 126%.
O resultado é um cenário no qual 54% dos trabalhadores atuam diretamente no banco e 46% estão alocados em outras empresas do grupo, sem o amparo da CCT.
Por isso, o movimento sindical bancário está unido neste Dia Nacional de Luta para denunciar a realidade de um banco que enriquece explorando ainda mais seus trabalhadores e reduzindo o acesso da população aos serviços bancários.
O Sindicato atua exigindo respeito à categoria bancária, valorização do trabalho, fim da terceirização irregular e a reabertura de agências para garantir atendimento digno à sociedade.



