
A mobilização, que consistiu no diálogo com a categoria e com a população, explicando sobre a delicada situação do plano de saúde, ocorreu na parte da manhã.
O objetivo do movimento sindical é pressionar o banco a negociar, sem majoração dos custos para os usuários, a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que deve ocorrer ainda este ano.
Ontem, em mesa de negociação, a proposta apresentada pela Caixa foi rejeitada pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE). O banco manteve o teto de 6,5% da folha salarial para custeio do plano e propôs aumento da contribuição dos titulares de 3,5% para 5,5%.
Também sugeriu reajuste no valor por dependente, de R$ 480 para R$ 672. Nesse cenário, os valores máximos pagos por empregadas e empregados subiriam, em média, 71%, passando de até 7% para até 12% da remuneração base.
“Esperamos que a Caixa faça um esforço para atender nossas reivindicações. Está muito distante o que a Caixa oferece do que reivindicamos”, afirmou o representante do Sindicato e da Feeb-SP/MS na CEE, Carlos Augusto Pipoca.
Para o diretor Marcelo Lopes, o mais importante com o ato de hoje é levar informação ao bancário. “Neste prédio temos a maior concentração de empregados da Caixa, e estamos aqui para reforçar que é primordial que todos se mantenham informados. Precisamos da mobilização, da adesão e do apoio dos empregados. É fundamental chamar a atenção da população para pressionar o banco.”

Mobilização em todo o País
Desde setembro, diretores do Sindicato têm percorrido agências da Caixa de sua base territorial para reforçar a importância da mobilização em defesa do Saúde Caixa. A ação integra a campanha Queremos Saúde, Caixa, iniciada em 2023, já cobrando o banco para negociar um modelo justo para o plano.
O Sindicato defende investimentos em tecnologia e assistência social para ampliar o acesso a tratamentos e melhorias na rede de atendimento. Vale lembrar que, apesar de lucros expressivos — R$ 14 bilhões em 2024 e R$ 4,9 bilhões no primeiro trimestre de 2025 —, a Caixa contribui atualmente com apenas 54,6% do custeio, abaixo dos 70% previstos no acordo coletivo e permitidos pela CGPAR 52.

