
Cerca de mil funcionários que atuavam em regime híbrido ou remoto, foram desligados sem qualquer advertência prévia ou diálogo com o movimento sindical.
A justificativa apresentada pelo banco foi “baixa aderência ao home office”, baseada em monitoramento de máquinas corporativas nos últimos seis meses.
O Sindicato considera esse critério questionável, por não refletir a complexidade do trabalho remoto, incluindo eventuais falhas técnicas, contextos de saúde, sobrecarga e a própria organização das equipes.
A forma como ocorreram as dispensas agrava ainda mais a situação: foram feitas de maneira unilateral, sem transparência e sem respeito ao princípio do diálogo. Em nenhum momento houve advertência, feedback ou oportunidade de defesa para os trabalhadores.
O Sindicato alerta que o uso de tecnologias e ferramentas de Inteligência Artificial não pode servir como mecanismo de vigilância permanente, baseado em métricas que não mensuram de forma real o trabalho humano.
A intensificação desse controle gera cada vez mais ansiedade, pressão psicológica e contribui para o adoecimento mental da categoria.
É extremamente importante que os bancários e bancárias estejam acompanhando as mudanças e valorizem as próximas negociações coletivas para impor limites à hipervigilância, debatendo formas de proteção contra práticas abusivas e suas consequências e lembrando que, em 2026, será renovada a CCT da categoria.

