
“Esses avanços mostram que a mobilização dá resultado: conquistamos espaço de diálogo e começamos a transformar reivindicações históricas em acordos concretos que podem melhorar a vida dos trabalhadores do Bradesco”, avalia o presidente do Sindicato, Lourival Rodrigues, que está na COE, representando também a Feeb/SP/MS.
A CCV permitirá que trabalhadores desligados sem justa causa ou por pedido de demissão negociem, com intermediação do Sindicato, eventuais pendências trabalhistas sem necessidade de ação judicial.
Projeto piloto realizado desde janeiro com o Sindicato dos Bancários de São Paulo testou o fluxo de trabalho e apresentou bons resultados, após ajustes definidos em conjunto. A proposta em discussão agora é firmar um acordo nacional com a Contraf-CUT, permitindo que as entidades sindicais façam a adesão posteriormente.
Supera
Outro ponto em negociação é a criação de um acordo específico para o Programa de Participação nos Resultados (PPR), batizado de Supera. Até então, o Bradesco trabalhava apenas com a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), de acordo com a Convenção Coletiva de Trabalho da categoria.
Posteriormente, o banco criou o Prêmio por Desempenho Extraordinário (PDE), voltado exclusivamente para a área comercial. Desde então, os dirigentes sindicais reivindicam a ampliação do benefício para todos os funcionários e sem descontos sobre a PLR.
A proposta do Supera é estruturada em três ciclos, com critérios mais acessíveis e pagamento semestral. O primeiro ciclo engloba aproximadamente 65% do quadro de funcionários, cerca de 48 mil pessoas.
No Supera, existe ainda o Programa de Remuneração Bradesco (PRB), um valor mínimo de R$ 1.000, destinado à força de vendas que não bateu as metas ou aos trabalhadores que não são da chamada força de venda, pago no início do ano subsequente. Entretanto, esse valor está atrelado ao atingimento do ROAE de 15,5% em 2025.
Ambas as propostas serão submetidas às assembleias das entidades sindicais nos próximos dias.
(Com informações Contraf-CUT)

