
A iniciativa é do vereador Paulo Haddad (PSD), após ser procurado pela diretoria do Sindicato, preocupada com o avanço das demissões e do fechamento de agências em todo o País.
O evento também tem o objetivo de denunciar o aumento de terceirizados no conglomerado do banco, enquanto o número de bancários contratados diretamente segue em queda. Atualmente, apenas 18 mil dos cerca de 55 mil trabalhadores do Santander no Brasil são representados pelos Sindicatos dos Bancários e protegidos pela Convenção Coletiva de Trabalho da categoria.
“O banco insiste em desrespeitar direitos ao manter trabalhadores em funções típicas de bancários, porém com salários menores, jornadas maiores e sem acesso às cláusulas da CCT”, destaca a vice-presidente do Sindicato, Ana Stela Alves de Lima.
Os dados financeiros do banco evidenciam essa contradição. Em 2024, o Santander obteve lucro líquido gerencial de R$ 13,8 bilhões, um crescimento de 48,6% em relação a 2023. Apenas com tarifas cobradas dos clientes, arrecadou o equivalente a quase duas vezes sua folha de pagamento.
A base de clientes cresceu 2,5 milhões no período, totalizando 68,9 milhões — alta de 4% —, enquanto o número de trabalhadores aumentou apenas 0,06%. Além das questões trabalhistas, a postura do Santander compromete seu papel social no atendimento à população, uma vez que é autorizado a operar no país sob concessão pública.
O debate público é aberto aos trabalhadores do ramo financeiro. Participem!
Anote na agenda: 28/08, às 18h, no Plenarinho da Câmara Municipal de Campinas (Avenida Engenheiro Roberto Mange, 66 – bairro Ponte Preta).

