
A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa esteve reunida nesta terça-feira (15/07) com a direção do banco em negociação que discutiu a sustentabilidade do Saúde Caixa. Entre as principais reivindicações da representação está a manutenção nos valores das mensalidades do plano (ou seja, o não reajuste) para 2026.
Mais uma vez, os representantes dos empregados defenderam o fim do teto de 6,5% da folha de pagamento imposto à Caixa para custear o Saúde Caixa. O argumento é o de que o limite transfere aos associados o aumento dos custos e impede que o banco cumpra o modelo de custeio 70/30, previsto em acordo coletivo e permitido pela CGPAR 52.
A CEE cobra que a Caixa assuma integralmente sua parte e compense os valores pagos a menos nos últimos anos, para restabelecer o equilíbrio financeiro do plano.
“A manutenção do teto de 6,5% imposto pela Caixa tem gerado desequilíbrio no plano, e os trabalhadores não podem continuar arcando com os prejuízos. Defendemos o modelo de custeio 70/30 e a retirada imediata desse limitador”, afirma Tesifon Quevedo Neto, representante do Sindicato, pela Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS) na CEE.
Ele destaca ainda a urgência de soluções efetivas para garantir a sustentabilidade do plano e a inclusão dos trabalhadores mais afetados – lembrando que entre outras demandas abordadas estão a manutenção dos princípios do plano, a melhoria da rede credenciada e a extensão do direito de manutenção pós-emprego para contratados após 2018.
Durante a reunião, foi destacada a preocupação com a mudança no abastecimento de numerário, que tem feito com que as agências “durmam” com mais dinheiro nos cofres. A medida, adotada com o argumento de redução de custos, aumenta o risco de assaltos e sequestros, expondo ainda mais os trabalhadores.
A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) solicitou a revisão do normativo que trata dessa alteração. A manifestação, feita pelo representante da Feeb-SP/MS, durante o encontro, reforça que a segurança dos bancários não pode ser negligenciada sob nenhuma situação.
Debate interno
A Caixa acolheu as reivindicações e as levará para debate interno. O banco ainda concordou com um pleito histórico dos empregados que é o compartilhamento das redes de atendimento de planos de saúde de outras empresas estatais e está estudando a viabilidade para que isso aconteça o mais breve possível.
O coordenador da CEE/Caixa, Felipe Pacheco, afirmou que a reunião teve como foco principal o Saúde Caixa, tema prioritário no momento, mas defendeu a necessidade de mesas paralelas para tratar de outros assuntos urgentes, como reestruturações, agências digitais, acesso remoto, programa SuperCaixa e questões relacionadas à vacinação contra a gripe.
Calendário de negociações
Ficou acertado que a próxima reunião de negociações sobre Saúde Caixa ocorra na primeira quinzena de agosto. O banco também aceitou realizar reuniões de negociações paralelas às mesas específicas sobre o Saúde Caixa para tratar dos demais assuntos pendentes. Também está agendada para o dia 22 de julho a primeira reunião do Grupo de Trabalho (GT) sobre banco e bancário do futuro, que tratará sobre diversos pontos ligados à carreira do pessoal da Caixa.
(Com informações Contraf-CUT e Feeb-SP/MS)

