
A cobrança por medidas concretas contra o adoecimento da categoria — especialmente em razão das metas abusivas e da crescente pressão no ambiente de trabalho — será um dos pontos principais da rodada.
Em 2024, as doenças mentais foram a principal causa dos afastamentos entre bancárias e bancários no país. Dados do Dieese, com base em informações da plataforma Smartlab e registros do INSS, revelam que as doenças mentais e comportamentais foram responsáveis por 55,9% dos afastamentos acidentários e por 51,8% dos afastamentos previdenciários de bancárias e bancários do país.
Em segundo lugar ficaram as doenças conhecidas como Lesões por Esforços Repetitivos (LER) ou Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), responsáveis por 20,3% dos afastamentos acidentários e 15,2% dos afastamentos previdenciários na categoria, em 2024.
Mobilização
Os números reforçam a importância da mobilização da categoria por condições dignas de trabalho — uma luta que também fortalece toda a classe trabalhadora.
“A mesa de negociação será mais uma oportunidade de pressionar os bancos por ações efetivas”, destaca o diretor de saúde do Sindicato, Gustavo frias.
Ele lembra que, entre os avanços recentes conquistados está a inclusão, em 2024, do capítulo “Combate ao assédio moral, sexual e outras formas de violência no trabalho” na Convenção Coletiva de Trabalho. “Pela primeira vez, o termo “assédio moral” passou a constar no texto da CCT, o que é extremamente importante”.

