
Apesar de registrar lucros bilionários no País, o Santander tem intensificado a terceirização de suas atividades, transferindo bancários para empresas do próprio conglomerado. A prática enfraquece direitos históricos da categoria bancária e compromete o atendimento à população.
“Sabemos que os bancários estão sendo substituídos por terceiros que exercem as mesmas funções, porém com salários mais baixos e sem a cobertura da nossa Convenção Coletiva de Trabalho. Isso também impacta a sociedade, ao reduzir a responsabilidade social do banco no atendimento à população”, afirmou o presidente do Sindicato, Lourival Rodrigues.
A vice-presidente do Sindicato, Ana Stela Alves de Lima, destacou a relevância do debate. “Foi uma audiência muito proveitosa, com o plenário lotado, o que mostra a importância do tema. O que o Santander vem fazendo, simplesmente para reduzir custos, é retirar trabalhadores da nossa CCT. O Dieese apresentou dados que comprovam o avanço da terceirização no banco nos últimos anos.”
De acordo com levantamento do Dieese apresentado durante a audiência, entre 2019 e 2024, o Santander fechou 301 agências no Brasil, o que representa uma redução de 11%. No mesmo período, o número total de trabalhadores cresceu 16,4%, mas houve uma queda média de 17,4% nas despesas por funcionário — reflexo da substituição por trabalhadores terceirizados com menos direitos.
O Santander foi convidado para a audiência, mas não compareceu. O evento foi promovido pelo deputado estadual Luiz Cláudio Marcolino (PT) e contou com a participação de representantes do movimento sindical bancário de diversas regiões do país.
Além de Stela e Lourival, estiveram presentes os diretores do Sindicato: Lilian Minchin, Carlos Augusto Silva (Pipoca), Marcos Eduardo de Moraes e Cristiano Meibach e o dr. Fernando Hirsch, sócio de LBS Advogadas e Advogados, que representa o nosso jurídico.
“O encontro reafirma a unidade da categoria na defesa da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), do Acordo Coletivo Específico (ACT) e da representação sindical de todos os trabalhadores do conglomerado Santander”, completa Cristiano.







