
Carlos Augusto Silva (Pipoca), diretor do Sindicato, questiona o posicionamento do banco, considerando-o um desrespeito com a saúde de seus empregados. “Tínhamos a expectativa de que, ao mudar o estatuto, a Caixa alterasse essa limitação do teto, o que não ocorreu. É muito importante que, com isso, os bancários sigam mobilizados nessa reivindicação”, avalia.
Conforme dados apresentados pela própria Caixa, o resultado assistencial do primeiro bimestre ficou negativo em R$ 154,1 milhões. Neste cenário, o movimento sindical pede que o banco cubra ao menos 70% dos custos do Saúde Caixa, como estipulado no ACT (Acordo Coletivo de Trabalho) específico do plano de saúde.
Também a publicação da Resolução CGPAR 52, que amplia para até 70% a participação das estatais no custeio de planos de saúde, permite que a Caixa Econômica Federal altere o teto de 6,5% – limitação incluída no Estatuto Social da empresa em 2017, para atender à antiga Resolução CGPAR 23, continua valendo.
“A CGPAR 52 revoga as resoluções 42 e 49 e substitui normas anteriores, como a CCE 09/96, que limitavam em 50% a participação das empresas públicas no custeio. A nova regra permite que estatais retornem ao modelo de 70/30, com maior participação patronal”, destaca Pipoca.
“Sabemos que essa alteração no teto é vital para a sustentabilidade do Saúde Caixa a sua manutenção nos moldes como é atualmente, assegurando os princípios de solidariedade, mutualismo e pacto intergeracional. Vamos intensificar as ações e contamos com a participação dos empregados da Caixa”.
Conquista para as mulheres
Uma boa notícia anunciada durante a live pela Caixa, e que atende reivindicação do movimento sindical, é o fato do banco ter incluído em seu estatuto o compromisso de assegurar um percentual de 30% de mulheres em cargos de direção, englobando as diretorias e vice-presidências. “É uma conquista e um avanço que deve ser comemorado. Trata-se do primeiro banco público a incluir em seu estatuto social a porcentagem mínima de mulheres em cargos de direção.”

