
Neste cenário, no qual o bem-estar físico e mental é direito (e necessidade) de todos, não deixa de ser curioso pensar que justamente a jornada de trabalho está na origem do 1º de maio, Dia Internacional do Trabalhador.
A data remonta a 1886, em Chicago (EUA), quando trabalhadores organizaram uma greve geral exigindo a redução da jornada de trabalho de 13 horas para 8 horas diárias. Na ocasião, houve represálias e muitos morreram, mas a luta por uma vida digna persistiu e ainda persiste em todo o mundo.
No Brasil, a data foi instituída como feriado em setembro 1924 e tem msido nos últimos 100 anos um convite para mobilizações sindicais em defesa direitos trabalhistas e melhores condições, além de relembrar conquistas.
Na pauta deste ano, além do fim da escala 6×1 (que representa o emprego digno), os trabalhadores estão mobilizados pela isenção do imposto para quem ganha até R$ 5 mil reais, assim como alíquota menor para quem ganha até R$ 7 mil (de acordo com proposta apresentada pelo governo ao Congresso Nacional).
A reforma tributária, com um sistema progressivo de tributação, é uma bandeira histórica do movimento sindical bancário. Segundo estudo do Dieese, 30% da categoria ficaria isenta ou teria uma redução no pagamento do imposto. Também a isenção da PLR está na pauta dos trabalhadores bancários com maior ênfase neste 1º de maio de 2025.
O Sindicato, cumprindo seu papel de representação, convida os bancários a unirem-se na luta por um futuro melhor. Não podemos negligenciar os ataques aos nossos direitos tão duramente conquistados ou as tentativas dos bancos de fragilizar nossa Convenção Coletiva, apesar dos lucros bilionários.
Nossa realidade é cada dia mais desafiadora: segundo dados do Dieese, desde 2018, foram fechadas 4103 agências bancárias em todo o País, com a redução de 17.066 postos de trabalho somente entre 2020 e 2023. Por outro, o número de Assessores de Investimento (os “bancários por conta própria) cresceu 336% entre 2016 e 2024.
Vemos ainda que a redução da categoria bancária ocorre na contramão da ampliação do ramo financeiro. Entre 2012 e 2023, a participação dos bancários no setor caiu de 61% para 42,6%, enquanto a das demais categorias subiu de 39% para 57,4%, o que chama a atenção para práticas como a terceirização no Santander, por exemplo, como forma de “driblar” as conquistas da categoria bancária.
Que nossas forças se renovem durante os atos deste 1º de maio!
Sigamos unidos!

