
Segundo o economista Gustavo Carvasan, do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), mais de 100 mil bancários serão contemplados pela medida.
De acordo com o levantamento, aproximadamente 30% da categoria será beneficiada pelo projeto, que ainda precisa ser aprovado na Câmara dos Deputados.
“São números significativos, que reafirmam a importância da proposta como ferramenta de distribuição de renda”, destacou o presidente do Sindicato, Lourival Rodrigues, presente no seminário. Segundo os dados apresentados pela entidade, considerando cenário atual, 13,4% dos bancários teriam isenção total, enquanto 16,8% ficariam na faixa de desconto parcial.
10 milhões de brasileiros
O Governo estima que a isenção beneficiará mais de 10 milhões de brasileiros. O projeto, enviado ao Congresso, prevê impacto fiscal neutro, com a redistribuição da arrecadação.
A renúncia fiscal de R$ 25,84 bilhões será compensada pela taxação de 141,3 mil pessoas com renda superior a R$ 50 mil mensais (0,13% dos contribuintes).
Além disso, o governo propõe uma tributação mínima sobre altas rendas, atingindo quem ganha acima de R$ 600 mil anuais, com alíquota gradual de até 10% para rendas superiores a R$ 1,2 milhão. Dividendos acima de R$ 50 mil mensais e remessas ao exterior também serão tributados em 10%.
A medida busca promover maior justiça fiscal, sem penalizar trabalhadores com carteira assinada nem informais que recebem por Pix, e entrará em vigor em 2026, caso seja aprovada.