
(Fotos: Contraf-CUT)

As cláusulas da CCT conquistadas em 2024, vigentes até 2026, representam um grande avanço nas relações de trabalho, sendo inéditas em convenções coletivas e antecipando a atualização NR 01 (Norma Regulamentadora nº 01), do Ministério do Trabalho, que trata da prevenção e redução de riscos psicossociais e introduz a obrigatoriedade de identificar e gerenciar esses riscos no ambiente de trabalho, prevista para entrar em vigor em maio de 2025.
“Vivemos um momento de aumento desse tipo de abuso em virtude da onda conservadora que se espalha pelo mundo, onde o diferente incomoda e aqueles que sempre foram assediadores se sentem mais à vontade para praticar suas maldades. É um retrocesso civilizatório que temos que combater”, diz Ana Stela Alves de Lima, vice-presidente do Sindicato e representante da Feeb-SP/MS no Comando.
Ela participou da mesa de negociação desta quarta-feira. O presidente do Sindicato, Lourival Rodrigues, também acompanhou o encontro, realizado em São Paulo. Foi a primeira reunião sobre o tema desde a renovação da CCT.
Sem tolerância
Isaac Sidney, presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), esteve na reunião e endossou o que cobra o movimento sindical ao afirmar: “No setor bancário não há margem para tolerar práticas abusivas, sejam elas sexuais ou morais. O assediador será responsabilizado na esfera jurídica e punido. Não haverá tolerância a abusos de quem quer que seja.”
A representação sindical destacou durante a negociação que tais práticas decorrem da aplicação de metas abusivas, nas quais os gestores, muitas vezes, não sabem como exigir de seus funcionários o cumprimento das mesmas e acabam extrapolando os limites com seus subordinados.
Durante a reunião, também foi enfatizada a necessidade de ações para: treinar todos os funcionários, esclarecer a categoria sobre as cláusulas da Convenção, garantir sigilo nos canais de denúncia e punir os responsáveis pelo assédio.
“A CCT muito orgulha a categoria bancária pelo seu vanguardismo, por estar em consonância com a realidade dos trabalhadores do setor, e os sindicatos zelam pelo seu cumprimento”, destaca Stela.
Fale com o Sindicato
Bancário, sua voz importa! Se está enfrentando metas abusivas, assédio ou outras irregularidades, denuncie anonimamente no site do Sindicato ou fale com um dirigente sindical. Juntos, podemos garantir melhores condições de trabalho!