
Neste início de ano, a Caixa realizou reuniões com dirigentes de entidades ligadas aos empregados, nas quais apresentou informações sobre o Saúde Caixa, incluindo o resultado financeiro do exercício de 2024.
Com receitas de R$ 3,57 bilhões e despesas de R$ 3,58 bilhões, o resultado registrou um déficit de quase R$ 17 milhões, o que representa cerca de 0,5% do total das receitas e despesas do plano no exercício. A reserva técnica ficou positiva em quase R$ 110 milhões.
Embora o resultado do exercício não imponha a necessidade de contribuições adicionais para cobrir o déficit, o relatório atuarial contratado pela Caixa para o plano aponta um aumento de 22,86% nas mensalidades já para 2025. O mesmo relatório indica, como alternativa para o custeio do plano, a adoção de cobrança das mensalidades por faixas etárias.
Para o diretor do Sindicato, Carlos Augusto (Pipoca), é fundamental que os bancários da Caixa estejam preparados para mobilizações em defesa da viabilidade do plano de saúde para todos e de formas justas de custeio, bem como outras questões, como a melhora na rede credenciada. “Devemos estar atentos, informados, verificar os demonstrativos e nos manter em alerta para questionar, reclamar e lutar pelo Saúde Caixa.”
O presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Sergio Takemoto, acrescenta que a adoção da cobrança por faixa etária representaria o fim do pacto intergeracional, princípio fundamental do Saúde Caixa. “Isso inviabilizaria o plano para muitos empregados, especialmente os aposentados, cujos custos ficariam insustentáveis. Essa alternativa não pode sequer ser considerada”, afirmou.
Já o diretor de Saúde e Previdência da Fenae, Leonardo Quadros, defende que o financiamento do plano seja feito com o aumento da participação da Caixa no custeio, retirando ou ampliando o teto de 6,5% da folha. “A capacidade de financiamento dos empregados está no limite: de 2023 para 2024, o somatório das mensalidades dos empregados cresceu mais de 50%. Não cabe mais aplicar novos reajustes para os usuários. O equilíbrio do plano precisa ser alcançado com o aumento da participação da Caixa e com melhorias na gestão”, explicou.
Os bancários da Caixa devem estar atentos para futuras mobilizações. Acompanhem o site do Sindicato para novas informações.