O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na noite desta quarta-feira (27/11) a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que recebem até 5 mil reais por mês. A medida entraria em vigor em 2026, uma vez que necessita ser aprovada pelo Congresso Nacional.
“Essa é uma pauta dos movimentos sindicais, e que o presidente Lula se comprometeu em realizar na campanha eleitoral. O Brasil carrega uma distorção tributária muito grave, em que os pobres são tributados para aliviar os mais ricos. É claro que a maior parcela dos impostos pagos vem do consumo, mas essa proposta de isentar quem ganha até R$ 5 mil é um importante passo para a justiça econômica ao trabalhador e trabalhadora”, avalia Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Atualmente, quem ganha até R$ 2.259,20 de salário não sofre tributação. Desse valor, até R$ 2.826,65, cobra-se 7,5%. Em março deste ano o governo federal editou uma medida provisória que cria um modelo simplificado para declaração e que passou a permitir que quem recebe até dois salários-mínimos (R$ 2.824) não pague mais imposto de renda.
A nova proposta – de isenção até R$ 5 mil – foi enviada pela equipe do presidente Luís Inácio Lula da Silva para o legislativo junto com um pacote de cortes de gastos, que vem sendo elaborado desde o fim das eleições municipais, com o objetivo de adequar os gastos públicos nos próximos anos, e estimado em R$ 70 bilhões em dois anos (R$ 30 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026).
(Com informações Contraf-CUT)