
O destaque foi o firme posicionamento dos representantes dos trabalhadores contra as práticas de terceirização e precarização do trabalho no setor promovidas pelo Santander.
“Repudiamos veementemente as terceirizações que o banco vem realizando, assim como a precarização dos serviços. Exigimos que o Santander reconheça e valorize todos os seus trabalhadores, garantindo os mesmos direitos, sem distinção. E queremos a representação de todo o conglomerado do banco”, diz a diretora do Sindicato Patrícia Bassanin, que representa também a Feeb-SP/MS.
A COE aproveitou a mesa também para manifestar repúdio a truculência da Polícia Militar contra dirigentes sindicais e bancários que participavam de ato pacífico realizado ontem (22/08) no prédio Radar, em São Paulo.
Os manifestantes foram agredidos brutalmente, com uso, inclusive de armas de choque e cassetetes, conforme imagens que rapidamente ganharam destaques nas redes sociais.
Além de São Paulo, o movimento sindical realizou durante todo o dia de ontem ações cobrando o fim das terceirizações. “Todos nós da COE nos pronunciamos em relação ao ocorrido, exigindo que o banco se retrate e trate com respeito as manifestações pacíficas dos trabalhadores”.
Cláusulas econômicas
Na discussão sobre cláusulas econômicas, a COE reivindicou a extensão de benefícios concedidos aos trabalhadores da Espanha também para os do Brasil. Entre os pontos apontados estão: bolsa de férias, isenção de tarifas bancárias, redução de juros e auxílio moradia.
Outro tema debatido foi o Programa de Participação nos Resultados Santander (PPRS), com os representantes sindicais insistindo em melhorias significativas para a categoria. “Não iremos abrir mão dos mesmos direitos que tem os trabalhadores da Espanha”.
Também foi debatida a concessão de empréstimos especiais sem juros para empregados que necessitem cobrir situações urgentes e justificadas, com valores equivalentes a até nove salários mensais. As justificativas incluem casamento, mudança de residência, falecimento de parentes próximos, acidentes, reformas habitacionais, desastres naturais, processos de divórcio, nascimento de crianças e doenças graves.
Encerrada a mesa, o Santander não estabeleceu uma nova data para continuidade das negociações, indicando apenas que a próxima reunião deverá ocorrer no início de setembro. A expectativa é que na data o banco apresente uma proposta global das reivindicações já apresentadas pela COE na negociação até então.