
“Soa como um grande desrespeito dos bancos oferecerem uma proposta dessa, que sequer corrige a inflação. Isso para nós é uma afronta, é não valorizar o bancário que tanto contribui para os lucros do setor”, avalia o presidente do Sindicato, Lourival Rodrigues.
A vice-presidente do Sindicato, Ana Stela Alves de Lima, que participou do Comando Nacional nesta rodada de negociação, representando a Feeb-SP/MS, reforça a insatisfação com a postura da Fenaban: “Não podemos aceitar uma proposta que rebaixa salários e não leva em consideração o trabalho dos bancários”, declara.
Cálculos do Dieese, feitos no momento da mesa, mostram que o reajuste proposto pela Fenaban, resultaria em perda de 0,57% na remuneração dos bancários e colocaria o reajuste da categoria entre os piores reajustes, no universo de 8.810 feitos em 2024.
O Comando mais uma vez rejeitou o argumento dos bancos de dificuldade de mercado, como justificativa para não conceder reajustes com ganhos reais, lembrando que, somente no ano passado, os lucros dos bancos somaram R$ 145 bilhões.
Segundo Lourival, para que a categoria renove a Convenção Coletiva sem perdas de direitos ou reduções econômicas será necessário aumentar a mobilização. “Importante darmos uma resposta a altura para os bancos, reforçando que não aceitaremos perdas”, diz.
A Fenaban prometeu trazer uma nova proposta na próxima terça-feira (27/08), porém vale lembrar que a data base da categoria é 1º de setembro, momento em que os salários, PLR e verbas deverão ser reajustados.
Dia Nacional de Mobilização
O Comando Nacional aprovou um novo dia nacional de mobilização, na segunda-feira (26), com paralisação parcial nos locais de trabalho e uso de roupas pretas. Também serão realizadas uma série de plenárias e lives durante a semana, para reforçar a organização das bancárias e bancários. Participem!