
Os bancários da Itaú Digital vivem uma rotina de metas excessivas, penalizações injustificadas, medo constante de demissão e pressão recorrente dos gestores por resultados, até mesmo aos finais de semana ou em dias de folga.
O sistema utilizado pelo banco exige cinco atendimentos simultâneos em múltiplos canais de comunicação, incluindo ligações e mídias escritas, além do envio de ofertas consultivas diariamente (com comprovação aos gestores) e permite que metas sejam majoradas de um dia para o outro (em alguns casos, em até 5x).
“A carga de trabalho atual é humanamente impossível de ser mantida com qualidade, resultando em um aumento alarmante de casos de doenças mentais e físicas entre os funcionários e motivo pelo qual o Sindicato vem cobrar que o Itaú mude”, diz a diretora do Sindicato, Simone Patette.

Ela lembra que “a pressão sofrida está deixando os funcionários doentes e querendo sair do banco”. “Funcionários excelentes, profissionais de sucesso, talentos sendo perdidos por gestores e metas abusivas”, completa.
“O Itaú vem exigindo cada vez mais, sob ameaça de penalização e feedbacks desmotivadores, causando um clima extremamente desagradável e não colaborativo entre os próprios funcionários”, conta o diretor Alex Viana.
“Muitos bancários não falam tudo o que sofrem por medo de repressão. Por estar em ambiente tóxico ou estarem sobrecarregados demais, o que faz com que fiquem doentes”, completa o diretor Vander Cunha Claro.
A diretoria do Sindicato apurou que, tanto gerentes gerais, quanto gerentes regionais, estão cada vez mais agressivos na cobrança por resultados com monitoramento constante, sem nenhuma humanidade ou cuidado com os funcionários. O banco ainda tem comprado a “estabilidade médica” de quem retorna ao trabalho, dispensando os trabalhadores, ao invés de acolher.
O presidente do Sindicato, Lourival Rodrigues, lembra ainda que este cenário não é exclusivo em Campinas. “O Itaú tem repetido o padrão nacionalmente o que chama a atenção de todo o movimento sindical, que realizará outras ações ao longo do mês também como forma de pressionar o banco a respeitar seus trabalhadores”, conta.
Vale lembrar que o ato é parte do calendário de ações da Campanha Nacional para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria.





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