
Para que os banqueiros entendam a importância do tema nesta reta decisiva rumo à renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) – uma vez que a data base da categoria é 1º de setembro – os Sindicatos convocam os bancários para mobilização nacional já nesta quinta-feira (15/08).
O ato cobra também respostas às reivindicações prioritárias da minuta como direito à desconexão e redução das metas, que estão diretamente relacionadas a saúde dos bancários.
“Diante da ausência de certeza por parte dos bancos é fundamental a participação dos bancários nas manifestações programadas para o dia 15. Precisamos dar um recado dos bancários para a Fenaban de que a categoria espera uma proposta mais abrangente já na próxima semana”, avalia a vice-presidente do Sindicato, Ana Stela Alves de Lima, que representa a Feeb-SP/MS no Comando.
“Importante que tivemos atendidas algumas cláusulas sociais, mas agora é cobrar que a Fenaban responda já na próxima reunião, dia 20, nossas reivindicações sobre cláusulas econômicas e temas relacionados à saúde. A sua participação bancário é essencial neste momento. Vamos juntos pressionar os bancos na renovação do acordo coletivo”, avalia o presidente do Sindicato, Lourival Rodrigues.
Avanços em cláusulas sociais
Em contrapartida à ausência de uma proposta econômica, os bancários discutiram avanços nas cláusulas sociais envolvendo assédio moral, sexual e outras formas de violência no ambiente de trabalho.
“A proposta dos bancos apresentada hoje atende a reivindicação da criação de canal de denúncias, de canal de apoio e rigidez na redação e no cumprimento da confidencialidade”, conta Stela.

Entre as medidas propostas está a inclusão do tema na Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (SIPAT), considerada uma das formas de conscientizar todos os trabalhadores sobre o assunto.
Em relação ao assédio moral, a Fenaban concordou em incluir uma cláusula sobre a criação de canal de apoio. Porém, na discussão sobre metas relacionadas ao assédio moral, os bancos insistem em negar que exista uma conexão.
Esse posicionamento gerou indignação do Comando Nacional, que destacou a relação do adoecimento metal com o modelo de gestão dos bancos, baseado em metas excessivas e abusos nas cobranças.
Igualdade de oportunidades e mudanças climáticas
Sobre o apoio a comunidade LGBTQIA+, com destaque para pessoas trans, a Fenaban concordou com a criação de canal de apoio aos trabalhadores discriminados, com comprometimento dos bancos e programas de informação a todos os funcionários para melhor convivência e respeito às diferenças.
Também foi retomado na negociação desta quarta-feira o debate sobre a inclusão de nova cláusula sobre impacto das mudanças climáticas e calamidades. Os Sindicatos reivindicam manutenção de empregos e não fechamento de agências após tragédias ambientais, além de outras medidas que garantam estabilidade emocional e financeira para os bancários.
A Fenaban concordou com a criação de um comitê de crise, como já feito na região serrana do Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul e prometeu analisar as propostas feitas pelo Comando Nacional, porém adiantou ver dificuldade para atendê-las plenamente.
Sobre as mulheres em TI, a discussão decorrente da diminuição de mulheres na categoria bancária, a Fenaban sugeriu a criação de formação em parceria com institutos já experientes no tema.
A igualdade de salarial de gêneros também foi discutida com a solicitação do Comando para apresentação de dados sobre o cumprimento da lei que determina tratamentos iguais. “Para isso cobramos também um novo censo da diversidade nos bancos. A resolução ficou pendente de resposta para as próximas rodadas de negociação”, diz Stela.
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