
A nova rodada de negociação entre os empregados da Caixa e representantes do Banco aconteceu nesta sexta-feira (12/07), em São Paulo. Na ocasião, a representação dos empregados cobrou questões relacionadas à jornada e ao teletrabalho; além da devolutiva das reivindicações apresentadas na reunião anterior e negociações em mesa sobre a Funcef.
Ao iniciar a reunião, os representantes da Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa demonstraram preocupação com a perda de cargo de gerentes da Caixa Asset, que se negaram a assinar contratos de compra de letras de câmbio com risco acima dos padrões do banco.
As notícias foram divulgadas hoje na imprensa e a categoria enxerga a decisão do banco como punição. “O que notamos é mais uma vez uma situação injusta, onde o empregado é punido pelo simples fato de exercer sua função com base em questões técnicas, visando que o banco não venha a sofrer prejuízos. Cobramos apuração dos casos e vamos reforçar medidas caso realmente tenha havido excessos na decisão”, esclarece Tesifon Quevedo Neto, representante da Federação dos Bancários dos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS) e do Sindicato na negociação.
Além deste tema, os empregados cobraram respostas do banco com relação às reivindicações feitas na reunião anterior. Em resposta, a representação da Caixa disse que as devolutivas serão apresentadas na primeira mesa de negociações de agosto.
Funcef
Empregados também cobraram que questões relacionadas à Fundação dos Economiários Federais (Funcef) sejam discutidas na mesa de negociações.
A reivindicação já havia sido feita, por entenderem que é direito dos participantes que colocam recursos nos fundos participar das negociações a respeito da solução. “Sobre essa questão insistimos para a formação da mesa tripartite (FUNCEF + Caixa + CEE) para discutirmos juntos a situação da Fundação”, completa Tesifon.
O pedido será formalizado pela CEE por meio de ofício a ser enviado para a Caixa reforçando que as questões que envolvam a Funcef sejam tratadas em mesa de negociações.
Os empregados cobraram ainda revisão da questão do banco de horas negativo.
“Propomos clausular a situação, uma vez que entendemos que o gestor não pode interferir na jornada de trabalho que gere horas negativas para o empregado”, explica o representante da Feeb-SP/MS.
Ele destaca o artigo 9º da Minuta de Reivindicações, que trata das horas extraordinárias, e a questão de gestores que dispensam empregados em dias mais tranquilos, antes de cumprir a jornada normal (6 ou 8h) gerando horas negativas. “Na prática, o empregado é quem deve decidir sobre isso e não uma imposição”, conclui.
Outro assunto levantado foi referente à segurança dos empregados em caso de assalto e sequestro. “Com base no artigo 33º, reforçamos que a Caixa estenda o custeio de assistência médica, psicológica e jurídica – hoje previsto para empregados e seus dependentes – para quem for vítima da ação criminosa, independentemente de ser da família do empregado”, avalia.
Outros temas
Ainda durante a negociação, a CEE questionou acerca da remarcação da prova do concurso no Estado do Rio Grande do Sul.
Fique atento para a nova data e temas das próximas negociações.(fonte: Feeb-SP/MS)