
O Banco do Brasil se comprometeu a não mexer na gratificação dos caixas durante a Campanha Nacional 2024 e a negociar a pauta durante o período (leia aqui sobre liminar envolvendo o tema).
A garantia foi dada pela direção do Banco do Brasil no início da terceira mesa de negociação específica da Campanha Nacional 2024 para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho nesta sexta-feira (12/07).
“Mesmo a mesa sendo sobre cláusulas sociais, o primeiro tema debatido foi a questão dos caixas, o que foi uma estratégia positiva, uma vez que o banco garantiu não irá mexer nas gratificações até 31 de agosto”, afirma a diretora do Sindicato, Maria Aparecida (a Cida), que está na mesa de negociação, representando também a Feeb-SP/MS.
Cláusulas sociais em debate
O debate sobre cláusulas sociais destacou questões relacionadas ao teletrabalho e a jornada de trabalho, além de auxílios financeiros.
A CEBB reivindicou a ampliação do percentual de funcionários e dos dias da semana em teletrabalho, seja no sistema híbrido ou totalmente remoto.
De acordo com o Banco do Brasil, atualmente, cerca de 38% dos 87 mil bancários estão em teletrabalho. A garantia da igualdade de tratamento, remuneração e direitos do trabalhador que realiza seu trabalho à distância, como o respeito aos feriados regionais, também foi abordada.
Redução da jornada
Outra reivindicação apresentada foi a redução da jornada de trabalho para quatro dias da semana – que está na pauta de reivindicações da Fenaban.
Levantamento feito pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que a implementação da jornada de quatro dias, entre os bancários que hoje realizam a jornada de 37 horas semanais, teria o potencial de criar mais de 108 mil vagas no setor, ou 25% do total de vagas que existem atualmente.
Banco de horas
O movimento sindical pediu ainda o quadro atualizado da quantidade de horas negativas que os bancários têm de fazer a compensação até maio de 2025, para buscar alterativas para os trabalhadores zerarem suas horas negativas.
A próxima reunião de negociação será no dia 19 de julho, em São Paulo, sobre saúde.
(Com informações Contraf-CUT)