
“O Comando apresentou dados sobre a desigualdade salarial entre homens e mulheres e ressaltou a importância do cumprimento da lei de paridade salarial, além da discussão sobre a população LGBTQIA+, cobrando os bancos a contemplar a inclusão”, resume Ana Stela Alves de Lima, vice-presidente do Sindicato, que participou da reunião representando também a Feeb-SP/MS.
Temas debatidos na reunião desta quinta-feira:
- Igualdade Salarial: O Comando Nacional cobrou mais clareza nas informações referentes à igualdade salarial, conforme o Decreto 11795 e a Portaria 3714 do MTE. A Fenaban informou que há problemas de entendimento sobre a forma de alimentação do sistema do Ministério. Os representantes dos trabalhadores apresentaram dados da pesquisa Rais (Relação Anual de Informações Sociais, do Ministério do Trabalho e Emprego), de 2022, que revelam o quanto a desigualdade salarial na categoria bancária é significativa, com apenas 2,8% das ocupações do setor onde as mulheres ganham mais do que os homens. Nas demais, os homens têm salários superiores.
- Mulheres na TI da Categoria Bancária: Com o aumento das contratações nas áreas de TI, o número de mulheres bancárias diminuiu efetivamente. Questionada sobre o tema, a Fenaban se comprometeu a trazer uma resposta sobre a lógica desse movimento e a propor aos bancos uma iniciativa para a contratação de mulheres neste setor.
- Público Trans: O Comando Nacional reivindicou cotas para ingresso no setor financeiro e programas de capacitação de gestores para coibir práticas discriminatórias. Pesquisas da Antra (Associação Nacional de Travestis e Transsexuais) mostram que a população trans tem uma expectativa de vida de 35 anos, com 90% sobrevivendo da prostituição. Além disso, o Brasil é apontado pelo 15º ano consecutivo como o país que mais mata a população trans, segundo dados da Transgender Europe. Bianca Garbelini, secretária de juventude da Contraf-CUT, destacou a urgência dessas medidas.
- Assédio Sexual: Foi proposto que os bancos promovam ações para inibir a prática de assédio sexual no ambiente de trabalho.
- Censo da Diversidade: O Comando Nacional solicitou à Fenaban a execução de um novo “Censo da Diversidade” na categoria bancária. A Fenaban prometeu viabilizar o estudo.
Campanha Nacional 2024

Esta é a terceira mesa de negociação dentro do calendário com a Fenaban, que é parte das ações para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, cuja data base é 1º de setembro.
A negociação continua com reuniões, nos dias 18 e 25, sobre a saúde dos bancários – tema extremamente relevante no atual momento, com alto índice de adoecimento da categoria.
As mesas anteriores abordaram: defesa do emprego do bancário (e representação de todo o ramo) e “cláusulas sociais” (com foco na apresentação da proposta de redução da jornada de trabalho de cinco para quatro dias semanais, sem perdas salariais, e de reajustes nas verbas relacionadas ao teletrabalho).
Saiba quais são as principais reivindicações da Campanha Nacional (clique aqui).
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(texto redigido com informações Contraf-CUT).