
“O que mais me chamou a atenção foi ver a união dos trabalhadores, tanto do setor público, quanto privado, para debater temas importantes da classe e também para dialogar com o Governo Federal. É sinônimo da força dos trabalhadores conquistada em anos de luta”, diz Lourival, que representou também a Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb-SP/MS).
Depois da realizar a plenária, os participantes caminharam até a Esplanada dos Ministérios, com entrega do documento aos líderes do Legislativo, Judiciário e em ministérios do Governo Federal, a fim de abrir diálogo com estes, além de criar uma agenda permanente de mobilização em defesa dos trabalhadores.
Ano de Campanha
Lourival destacou a participação maciça dos representantes dos trabalhadores do ramo financeiro, representados pela Contraf-CUT e Federações e Sindicatos de Bancários de vários estados brasileiros, especialmente neste ano de 2024, quando a categoria bancária negocia a renovação de sua Convenção Coletiva de Trabalho – a data base é 1º de setembro.
“União e força são palavras chaves em ano de campanha salarial quando o trabalho do movimento sindical é ainda mais relevante na defesa dos direitos dos trabalhadores, incluindo a negociação para aumentos reais de salários e para a manutenção de benefícios como a PLR (participação nos lucros e resultados), que é uma conquista da luta dos Sindicatos”, disse..



Ministério da Fazenda
Também nesta quarta-feira, dia 22/05, em Brasília, representantes dos trabalhadores do ramo financeiro, incluindo integrantes da Contraf-CUT, e do Comando Nacional, foram recebidos no Ministério da Fazenda por um representante do ministro Fernando Haddad.
O encontro foi pautado pela entrega de um documento sobre os impactos da Fintechs para o ramo financeiro, incluindo riscos aos seus trabalhadores, que não são representados pelos Sindicatos dos Bancários.

A discussão sobre o tema, vale lembrar, vem se agravando nos últimos anos, considerando que as Fintechs, que possuem tributação bem mais baixa quando comparada às dos Bancos, por exemplo, contribuem para a precarização dos trabalhadores, com contratações sem vínculos, sem diretos e mesmo sem as regulamentações de outros setores do ramo financeiro.
“O documento é um pedido para que o Governo olhe para as fintechs e seus impactos e tome medidas para se combater a concorrência desleal que representam”, diz Lourival .
Confira abaixo pauta de reivindicações da classe trabalhadora do 22 de Maio:
- Pela reconstrução do estado do Rio Grande do Sul e por medidas de proteção e amparo a seus trabalhadores e trabalhadoras;
- Educação: Revogação do Novo Ensino Médio;
- Valorização do Serviço Público: Contra a PEC 32/Reforma Administrativa;
- Em defesa da Convenção 151/defesa da negociação coletiva;
- Trabalho decente: redução da jornada de trabalho e empregos decentes;
- Salário igual para trabalho igual – Em defesa da lei de igualdade salarial entre homens e mulheres;
- Reforma agrária e alimento no prato;
- Menos impostos para trabalhadores: juros baixos e correção da tabela de imposto de renda;
- Valorização do salário-mínimo e das aposentadorias;
- Transição justa e ecológica em defesa da vida;
- Em defesa do PLC 12/24, por Direitos dos Motoristas por Aplicativos.
(Texto elaborado com informações da Contraf-CUT)