Criado em caráter emergencial, o Comitê de Crise realizou na última segunda-feira, 13/05, nova reunião para avaliar a situação dos bancários no Estado e assegurar medidas de proteção ao emprego – como o abono do ponto (para quem não consegue trabalhar) ou suspensão da cobrança de metas no Estado.

O Comitê é composto por representantes sindicais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio Grande do Sul (Fetrafi-RS) e do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre (SindBancários/PoA), junto com membros da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT, destacou avanços desde a última reunião, com a resolução de problemas pontuais em colaboração direta com os bancos. Salles reafirmou a necessidade de tranquilizar a categoria, lançando uma mensagem de apoio aos bancários no atual momento.
“Os que não puderem trabalhar, terão o ponto abonado, e não serão obrigados a bater meta. O emprego não está em risco. A qualquer situação diferente, entre em contato com o seu gestor e com o seu sindicato que vão buscar a assistência adequada”.
A suspensão para todos os bancários do RS da cobrança de metas segue como prioridade apontada pelo movimento sindical, assim como apoio a toda comunidade afetada pelas enchentes. “A prioridade deve ser a saúde das pessoas, seguida pela reconstrução de suas vidas”, reforçou Luciano Fetzner, presidente do SindBancários.
A reunião do Comitê reafirmou ainda a preocupação com a previsão de uma nova onda de chuvas, ressaltando a necessidade urgente de numerário para evitar colapsos regionais o setor financeiro, e solicitou maior transparência por parte dos bancos, pedindo que as informações sejam compartilhadas com o movimento sindical antes dos anúncios públicos.
A Fenaban informou que já foram destinados R$ 126 milhões em doações para socorro à população gaúcho. Outro ponto positivo é que não há registro de bancários doentes, desaparecidos ou internados. A Federação garantiu ainda que todos os bancos estão priorizando o tema das metas e estão estudando acomodações para os afetados pela crise.
Para o presidente do Sindicato, Lourival Rodrigues, o suporte aos bancários é fruto da rápida mobilização sindical e a reafirma a importância de uma convenção coletiva forte e que protege os trabalhadores mesmo em situações imprevisíveis, como a que ocorre no Rio Grande do Sul. “Imagine o drama do trabalhador que, além de perder sua casa, seus pertences, às vezes, até um familiar, ainda terá que lidar com uma demissão? O momento agora é de união e de auxílio a todos no Estado”.
O Comitê de Crise volta a se reunir na próxima segunda-feira (20). Caso haja necessidade, uma reunião emergencial será marcada no intervalo. (Com informações Contraf-CUT)