
A resposta é que a data foi escolhida, desde 2003, pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) como o Dia Mundial de Segurança e Saúde no Trabalho.
No Brasil, a data é marcada pela Lei nº 11.121, de 2005, que a estabelece também como o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes do Trabalho e Doenças do Trabalho e cujo objetivo é reafirmar a importância de se priorizar a segurança e a saúde dos trabalhadores em todos os setores, inclusive o bancário.
“O objetivo desta data é discutir com a sociedade a importância da prevenção tanto de acidentes como doenças provocadas pelo trabalho”, destaca o diretor de saúde do Sindicato, Gustavo Frias.
Pesquisa recém-divulgada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), realizada em colaboração com pesquisadores do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UNB), reafirma a relevância do 28 de abril.
O estudo, que contou com a participação de 5.803 bancários em todo o Brasil, aponta que cerca de 80% dos trabalhadores do ramo financeiro declararam ter tido ao menos um problema de saúde relacionado ao trabalho nos últimos 12 meses.
A Pesquisa revela também que, quase a metade desses trabalhadores, está em acompanhamento psiquiátrico. E, deste grupo, 91,5% utilizam medicações prescritas pelo médico.
O estudo aponta ainda que o atual modelo não apenas dita as condições laborais, mas também é identificado como uma fonte substancial de psicopatologias, que potencialmente distorce a subjetividade e os laços sociais dos trabalhadores.
Acidentes laborais
Estudo do escritório LBS Advogados e Advogadas, que responde pelo jurídico do Sindicato, aponta que a Justiça do Trabalho acumula cerca de 611.900 ações trabalhistas ativas envolvendo acidentes laborais no país.
Os bancos múltiplos com carteira comercial estão na 5ª colocação no ranking dos setor com mais casos ativos, com 12.827 ações em trâmite. O transporte rodoviário de cargas é o primeiro colocado, com 23.798 casos ativos.
Na sequência, construção de edifícios (23.780); administração pública em geral (17.537); e comércio varejista (17.337). O resultado foi divulgado pelo jornalista Ramiro Brites (coluna Radar/Revista Veja).