Somente no quarto trimestre, o ganho líquido do banco foi de R$ 9,4 bilhões, uma alta de 22,6% na comparação anual e um avanço de 4% sobre o terceiro trimestre.
De acordo com o banco, o crescimento é atribuído, em parte, ao aumento da carteira de crédito, à maior margem com passivos e ao impacto positivo da reprecificação do capital de giro próprio.
Já para Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú, os resultados foram alcançados com sobrecarga de trabalho e adoecimento dos trabalhadores e das trabalhadoras.
De acordo com ele, a busca por eficiência e lucratividade não pode ser alcançada à custa da saúde e bem-estar dos funcionários. A principal crítica é com relação ao grande número de fechamento de agências e demissão de funcionários.
Dados da Contraf-CUT, apontam que o Itaú fechou de 3.292 postos de trabalho em doze meses, sendo 1.342 apenas nos últimos três meses do período. Ao final de 2023, o Itaú Unibanco contava com 85.855 empregados no país.
De acordo com os destaques do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a redução se deve a “iniciativas de eficiência no Brasil, a adequação dos times nas áreas de atendimento e a redução de agências, reduzindo em 4,7% os colaboradores do Brasil (ex-tecnologia)”.
Essa reestruturação também se reflete na redução do número de agências físicas, com o fechamento de 180 unidades no Brasil em doze meses.
Fonte: Contraf-CUT (com edições do Sindicato)