
O dispositivo trata da prevenção de conflitos no local de trabalho, promovendo ações e comportamentos adequados dos empregados dos bancos aderentes.
Presente na reunião, o diretor de saúde do Sindicato, Gustavo Frias explica que a cláusula 61 tem entre os princípios: a valorização de todos os empregados, a conscientização dos empregados sobre a necessidade de um ambiente de trabalho saudável, promoção de valores éticos e legais e do compromisso dos bancos para que o monitoramento de resultados ocorra com equilíbrio, respeito e de forma positiva.
O acordo prevê ainda canais de denúncias disponibilizados pelos bancos e pelos Sindicatos nos quais os bancários vítimas de assédio moral ou sexual possam encaminhar suas denuncias, que serão apuradas e respondidas pelos bancos em até 45 dias com responsabilização e punição dos assediadores, se for o caso.
“Recomendo que os bancários vítimas de assédio utilizem os canais de denúncia do Sindicato, para que a gente possa acompanhar o processo e garantir que ele seja feito de forma ética com trabalhador que denunciou”, diz Gustavo.
Vale lembrar que o referido acordo é fruto da luta da categoria sindical bancária e foi assinado pela primeira vez em 2011 – com repercussão nacional por ser, na época, um acordo inédito entre trabalhadores e empregadores.
A vigência do Acordo é até a próxima data-base. Os bancos signatários do acordo até o momento são: Banco do Brasil, Caixa, Santander, Bradesco, Itaú, Citibank, Votorantim e Safra.

Bancários afastados
Outro tema tratado, em continuação ao debate iniciado na reunião anterior, foi a situação de bancários afastados do trabalho durante tratamento médico. “Os Sindicatos insistiram junto aos bancos com cumprimento da antecipação salarial e do adiantamento emergencial de salário previstos na Convenção Coletiva de trabalho, sem que seja feito nenhum desconto do bancário antes dele receber do INSS”, explica o diretor de saúde do Sindicato.
Os representantes dos Sindicatos reivindicaram também um fluxo de acolhimento e orientação por parte dos bancos aos trabalhadores afastados por doença, uma vez que “muitos bancários ficam desamparados pelo empregador, sem saber como proceder junto ao INSS e quais informações precisa enviar ao banco”.
Novas reuniões estão agendadas para a segunda quinzena de janeiro e segunda semana de fevereiro. Os temas serão cláusula 61 (prevenção de conflitos), emissão de CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), PCMSO e saúde mental.