
O lançamento em Campinas, no próximo dia 21 (sábado), de Chumbo, primeiro romance de Virgínia Ferreira, ganha relevância na relação da autora e de seu pai, José Antônio Silva (cuja trajetória serviu de inspiração para uma das personagens centrais da obra), com a cidade.
Bancário aposentado pelo Banespa, hoje com 77 anos, Silva ainda tem fresco na memória suas andanças pelo País, seguindo a profissão – trabalhou em agência de São Paulo, Minas Gerais e Goiás – e de sua atuação na militância sindical, grande parte dela no Sindicato de Campinas entre as décadas de 80 e 90.
“Quando fui transferido para Campinas, antes de ir para o banco, fui ao Sindicato me sindicalizar”, recorda o bancário, orgulhoso do lançamento do livro de sua filha.
Na obra, a escritora aborda o impacto da violência política e seus reflexos psíquicos persistentes nos familiares de quem viveu a repressão da ditadura. Silva foi preso por ser integrante da base do antigo ALN (Ação Libertadora Nacional).
Sua trajetória de luta inspira os diálogos do protagonista Paulo com a sobrinha Ana ao longo da narrativa de Chumbo.
Sobre a Autora

Virgínia Ferreira nasceu em Belo Horizonte, em 1976. Cresceu entre Ribeirão Preto e Campinas. Estudou na Escola Comunitária desde o Infantil até o 3º Colegial, em 1994. Hoje, mora em Brasília. É doutora em Antropologia pela UFRJ e servidora pública atuante no Ministério da Cultura.Serviço:
Lançamento do romance Chumbo (Editora Quelônio). Sábado, 21/10, em Campinas, das 17h às 19h30, na Livraria Candeeiro (Rua Vieira Bueno, 170, Cambuí).