
Uma das principais críticas dos dirigentes sindicais é que, apesar de alguns avanços nas reuniões anteriores, os casos prioritários, como a situação da saúde psíquica dos empregados, continuam sem serem tratados.
Para os representantes dos trabalhadores, é importante apresentar soluções efetivas para o fim das metas abusivas, que cada vez mais levam ao adoecimento dos bancários e ao crescimento de afastamentos para o tratamento doenças psíquicas.
Outro questionamento foi sobre a afirmação do banco de que a “gestão pelo medo” acabou na Caixa. “O banco alardeia que a gestão pelo medo na Caixa acabou. Este pode ser um desejo da nova gestão, mas, efetivamente, não é verdade. Temos avanços sim, mas não o suficiente para acabar com as cobranças abusivas de metas”, disse a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt.
Segundo ela, também é importante debater o plano de funções gratificadas (PFG) e os desdobramentos de encarreiramento na mesa de negociações, assim como o teletrabalho e a Funcef (Fundação dos Economiários Federais), que é o plano de previdência dos empregados Caixa).
Outros temas abordados foram sobre: contratação de mais empregados para sanar o problema de sobrecarga; como fazer para que a Universidade Caixa chegue realmente às unidades e seja acessível; solução para problemas de sistemas e equipamentos obsoletos; calendário para mesas de negociações; negociação sobre o Saúde Caixa; e retirada dos programas “Fique bem” e do “Conquiste”.
Informações e cobranças
A Caixa trouxe informações sobre o acesso remoto ao sistema interno, sobre a “trilha de saúde” e sobre Pessoas com Deficiência (PCDs) empregadas pelo banco, que atingiu os 5% obrigatórios por lei. Segundo o banco, dos 86.473 empregados, 5,01% (4.329) são PCDs.
Já os empregados lembraram que muitas vezes, mudanças no sistema não funcionam devido à qualidade dos equipamentos, que travam e há queda do sistema e que gestores dividem metade da atuação do teletrabalho em home office e a outra presencial, para evitar o pagamento do adicional estipulado na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria.
Também citaram a falta de prioridade para PCDs e pais de PCDs e crianças com até seis anos de idade para o teletrabalho, conforme definido no artigo 75-F da CLT, bem como a não redução da jornada para este grupo.
(Fonte: Redação do Sindicato, com informações Contraf-CUT)