No dia 2 de outubro os brasileiros elegem o presidente da República, governadores, senadores e deputados (estaduais e federais). Várias propostas foram lançadas; uma delas, defendida pelo atual presidente da República, é um “programa político de regressão ao autoritarismo”, como disse a historiadora Heloísa Murgel Starling. A escalada golpista é uma prova disso. O ensaio da tão sonhada ruptura institucional ja aconteceu duas vezes no Dia da Independência (7 de setembro) de 2021 e 2022.

E tem mais: o atual mandatário repete em todos os cantos suas teorias da conspiração sobre urnas eletrônicas, desacreditando o sistema eleitoral brasileiro, e tece duras críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Na área da saúde, é preciso resgatar, o atual presidente da República, construiu a calamidade social por sabotagens em plena pandemia do novo coronavírus. Faltaram vagas em UTI, medicamentos para intubação, oxigênio e, mesmo disponíveis, o Ministério da Saúde não comprou vacinas em tempo para impedir a carnificina; mais de 685 mil mortes por Covid-19.
Na verdade, o atual presidente da República conspirou e conspira contra a saúde pública. Durante a pandemia, insistiu na defesa de bandeiras negacionistas; entre elas, ignorar o distanciamento social e o uso de máscaras, propor o ineficaz “tratamento precoce” da Covid-19, incentivar a desconfiança na efetividade das vacinas, condenar a exigência do passaporte de imunizações e minimizar as mortes.
Em outros termos, o atual governo federal não apenas ignorou a ciência, boicotou as recomendações; executou uma “estratégia institucional de propagação do vírus”, segundo apontou relatório do Centro de Pesquisas e Estudos de Direito Sanitário (CEPEDISA) da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP) e a Conectas Direitos Humanos.
Aliada às várias crises instaladas nos últimos quatro anos (sanitária, hídrica, ambiental, e institucional, por exemplo), a economia ainda patina, não deslancha. A inflação alta impera, os juros são estratosféricos, o custo de vida aumenta, o desemprego não reduz e o país foi reinserido no mapa da fome (33 milhões de brasileiros sem comida).
Para agravar, o atual presidente da República apoia o desmatamento ilegal na Amazônia, garimpos em terras indígenas, e até armar a população. E, além de falas misóginas, sexistas, racistas e contra a diversidade, reabilitou o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o “único oficial das Forças Armadas condenado civilmente pela Justiça brasileira pelo crime de tortura cometido durante a ditadura militar” (1964-1985), escreveu a historiadora Heloísa Murgel Starling.
Vivemos tempos estranhos desde 2018. Chegou a hora de virar o jogo. Para frear a marcha da insensatez conduzida pelo atual presidente da República, vote nos candidatos comprometidos com a saúde pública, com a educação, com o desenvolvimento econômico e social, e com as instituições democráticas. Diga não ao retrocesso, a volta do autoritarismo. Vote pela democracia.
A Diretoria