
O Comando Nacional dos Bancários abriu a sétima rodada virtual de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), realizada nesta quarta-feira, 3 de agosto, destacando a alta lucratividade dos bancos (os cinco maiores faturaram R$ 27,6 bilhões no 1º semestre deste ano), a redução das despesas administrativas (entre elas, as despesas com funcionários, que caíram 15% entre 2017 e 2021), e o fechamento de 77 mil postos de trabalho no período de 2013 a 2021. Na pauta, as chamadas cláusulas econômicas da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), incluindo o reajuste e o aumento real dos salários.
Diante da rentabilidade, alta média de 15,4% em 12 meses, e do alto custo de vida, o Comando ressaltou que os bancos reúnem todas das condições para atender as reivindicações econômicas da categoria; entre elas, reposição da inflação registrada entre os meses de setembro de 2021 a agosto deste ano (INPC), e aumento real de 5% sobre os salários e demais cláusulas econômicas.
Os representantes dos bancos, no entanto, requentaram o discurso que a média salarial da categoria, hoje em R$ 8.600,00, é maior que o salário médio brasileiro, de R$ 2.924,00.
Vales: Quanto aos vales alimentação e refeição, assim como o auxílio-creche, a negociação está suspensa, aguardando a tramitação no Congresso Nacional da medida provisória (MP) apresentada pelo governo federal. Se aprovada, os vales serão tributados. O que impacta a negociação.
Opinião: Para a presidente do Sindicato, Stela, que participou da sétima rodada de negociação, “o governo federal ao invés de propor uma reforma tributária, opta em lançar medidas isoladas sobre temas que movem a economia, como os tíquetes. Quanto ao salário médio da categoria, é resultado de trabalho intenso dos bancários no setor de alta rentabilidade”.
Próxima rodada:
08 de agosto: Continuação das Cláusulas Econômicas