
O Comando Nacional dos Bancários, que representa os sindicatos, afirmou que a pressão por metas abusivas, via assédio moral, é a maior causa de adoecimento da categoria, durante a sexta rodada virtual de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), realizada nesta segunda-feira, 1º de agosto. A presidente do Sindicato, Stela, participou da rodada que discutiu Saúde e Condições de Trabalho.
As mudanças no setor financeiro inclusive alteraram o tipo de doença entre os bancários. Antes as doenças que mais adoeciam eram as Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (Dort); agora é o adoecimento mental. “Os bancos, no entanto, negam que as metas adoecem. Porém, concordaram em analisar as propostas da categoria”, destaca a presidente Stela.
O Comando apresentou levantamento elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em dados do INSS: as doenças mentais e comportamentais representavam 23% dos afastamentos previdenciários da categoria em 2012; em 2021, esse percentual passou para 36%. Entre os afastamentos acidentários (B91), o salto foi de 30% para 55%, no mesmo período. As doenças nervosas passaram de 9% para 16%.
Segundo o citado levantamento do Dieese, o número de afastamentos do trabalho para tratamento de saúde aumentou em 26,2% nos bancos, nos últimos cinco anos; no geral, foi de 15,4%. A variação entre os bancários foi 1,7 vezes maior do que a média dos outros setores.
Novas cláusulas: Diante da atual conjuntura sanitária no país e no mundo, o Comando reivindicou a inclusão de novas cláusulas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT); entre as propostas, protocolos para evitar o contágio e a disseminação da Covid-19 e outras doenças trasmissíveis e tratamento das sequelas provocadas pelo novo coronavirus.
Próximas rodadas
3 de agosto: Cláusulas Econômicas
11 de agosto: Continuação das Cláusulas Econômicas