
Convocado pelo Comando Nacional, os bancários realizaram nesta terça-feira, 5 de julho, Dia de Luta contra o assédio moral e sexual. O objetivo do protesto é intensificar as denúncias e exigir apurações dos crimes praticados nos bancos, em especial na Caixa Federal. Em Campinas, o Sindicato realizou atividade na agência Glicério do banco público. Às 11h30, tuitaço com a hashtag #BastaDeAssedio.
Presidente pede demissão
Acusado de assédio sexual por várias empregadas, o presidente da Caixa Federal desde 2019, Pedro Guimarães, pediu demissão no dia 29 de junho, um dia após a denúncia ser revelada pelo portal Metrópoles. Já no dia 1º de julho, o vice-presidente de Negócios de Atacados, Celso Leonardo Barbosa, o chamado nº 2, renunciou ao cargo, também acusado de assédio sexual. Daniella Marques, antes secretária especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, assumiu a presidência do banco público.
Histórico: Segundo a matéria no portal Metrópoles, no fim do ano passado, um grupo de empregadas que trabalham ou trabalharam em equipes diretamente ligadas ao gabinete da presidência da Caixa, decidiram romper o silêncio e fazer a denúncia do assédio a que vinham sendo submetidas ao Ministério Público Federal que, desde então, trabalha nas investigações em sigilo. Cinco das vítimas deram entrevistas ao citado portal, na condição de anonimato.
Investigação: A prática de assédio sexual na Caixa Federal, assim como o assédio moral, está sendo investigada também pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU), acionado pelo Ministério Público de Contas. Já o Conselho de Administração (CA) da Caixa Federal decidiu, no dia 30 de junho, contratar uma empresa terceirizada para apurar as denúncias e rastrear integrantes da direção que podem ter acoberto a prática de assédio sexual.






