Quando as irregularidades vêm à tona, claro, a corda arrebenta do lado mais fraco.
Exemplo: Venda de produtos sem a assinatura do cliente ou mesmo a chamada ‘venda-casada’. No primeiro caso, se a auditoria/fiscalização localizar procedimento incorreto, quem perde a comissão, o emprego é quem vendeu, quem não respeitou as orientações do banco; no segundo caso, o vendedor não foi imparcial, ludibriou o cliente que, no limite, pode alegar que não recebeu nenhuma explicação. Essa situação já foi vivenciada no Santander e agora está presente nas agências do Bradesco, segundo denúncias recebidas pelo Sindicato.
Diante desse estratégia equivocada de vendas, cabe perguntar aos gestores: cadê a tão citada, comentada, aludida Compliance? Está desativado o conjunto de disciplinas visando cumprir as normas legais e regulamentares? As políticas e diretrizes definidas para a realização de negócios e atividades do banco constam apenas nos protocolos internos para mostrar aos acionistas, para servir de peça publicitária? Não saem do papel?
Bancário (a), todo cuidado é pouco. Respeitar as regras é a verdadeira meta. Evite desvios ou inconformidades.
Quem perde é você. Inclusive essa dinâmica de trabalho, imposta via assédio moral, adoece.
Se você está sendo pressionado a vender sem respeitar os interesses dos clientes, denuncie ao Sindicato. Reação individual pode atrapalhar, não surtir o efeito desejado. Reação coletiva coordenada pelo Sindicato, seja em conversa com os gestores, diretores de RH ou com denúncias no Ministério Público do Trabalho (MPT), poderá colocar os pingos nos “ii”, normalizar o ambiente de trabalho.
