Em função da pandemia do novo coronavirus, a 20ª versão do FSM, realizada entre os dias 23 e 31 de janeiro, foi virtual. Entre outras entidades, o movimento sindical bancário foi representado pela Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro).
Os dirigentes sindicais destacaram a importância dos bancos públicos na aplicação/execução dos programas sociais, bem como na alavancagem da economia, principalmente em momentos de crise. As políticas anticíclicas dos bancos púbicos, como as adotadas na crise financeiro de 2008 e agora na pandemia, contribuem para retomada da economia nacional.
A Caixa Federal e seus empregados, por exemplo, foram decisivos em viabilizar medidas de enfrentamento ao coronavírus. Além do auxílio emergencial, a Caixa Federal pagou outros recursos emergenciais como os saques do FGTS e o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda. Já o Banco do Brasil e seus funcionários foram essenciais em socorrer as pequenas empresas com a concessão de financiamentos e créditos por meio do Pronampe.
O economista e diretor do grupo Reconta Aí, Sérgio Mendonça, destacou o papel da Caixa Federal e do BB, que investem nas regiões menos desenvolvidas, na população de baixa e média renda. Os dois bancos públicos também são os responsáveis em operar as grandes políticas sociais como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida e programas de agricultura familiar. “Eles alavancam o orçamento público com eficiência e fazem mais com menos recursos do orçamento”.
Ataques e privatização
Para os dirigentes sindicais, os bancos púbicos sofrem ataques do governo do presidente Jair Bolsonaro justamente no momento em que mostram suas forças, suas ações em benefício da sociedade, do país. Vira e mexe a Caixa Federal entra no rol das empresas públicas a caminho da privatização (seguridade, cartões, etc.). Já no BB, de tempos em tempos, a diretoria lança plano de reestruturação, com fechamentos de unidades e postos de trabalho, como ocorrido recentemente, visando o desmonte do maior banco público do país. A cartilha neoliberal ainda não foi rasgada.
Fonte: Contraf-CUT e Fenae
