Em pleno avanço da taxa de contágio do coronavírus – o Brasil é o segundo país do mundo mais atingido pela COVID-19 -, a Caixa Federal anunciou um novo protocolo de atuação de gestores e empregados, com várias medidas, no último dia 18. As mudanças podem transformar as agências num centro de disseminação da doença. A Contraf-CUT, através da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), já solicitou a revisão do novo protocolo.
Na prática, a Caixa Federal flexibilizou, abrandou medidas anteriores; entre elas a retirada da quarentena de até 14 dias no caso de sintoma em unidade. A nova orientação estabelece que a doença deve ser confirmada por exame PCR. Antes, não era mencionado o tipo de exame.
Nos casos de confirmação ou suspeita da Covid-19, o novo protocolo alterou de cinco para sete dias corridos o prazo da quarentena para os que tiveram contato próximo com o suspeito ou contaminado e retirou a parte que dizia “podendo se estender para 14 dias (no caso de sintomas em algum outro empregado ou terceirizado), em prol da saúde individual e coletiva”.
E mais: o protocolo em vigor apresenta novas observações, como prazo de sete dias a ser contado desde a data do afastamento do empregado, porém o exame PCR só pode ser realizado entre o 3º e o 10º dia do inicio dos sintomas. Além disso, o novo protocolo não prevê mais o afastamento para o trabalho remoto, sem atestado do empregado que apresenta sintomas.
Para o diretor do Sindicato, Carlos Augusto Silva (Pipoca), representante da Federação dos Bancários de SP e MS na CEE , “as recentes mudanças representam retrocesso. Diante de elevada taxa de contágio, a atualização de protocolos é uma necessidade. Porém, as medidas devem preservar a saúde dos empregados e não provocar medo e insegurança”.