A Comissão de Organização dos Empregados (COE) e a coordenação do Comando Nacional dos Bancários, que representam os sindicatos, se reuniram ontem (23 de abril) com o Itaú, por videoconferência. Na pauta, o banco de horas dos funcionários afastados dos locais de trabalho, porém sem desempenhar suas funções direto de suas casas (home office), incluindo aqueles que fazem parte do chamado grupo de risco ou estão em esquema de rodízio.
Na reunião realizada no dia 20 (segunda-feira), o Itaú informou que atualmente 45 mil funcionários estão em home office; 7 mil estão apenas afastados, sem atividades profissionais. Segundo o banco, esses números representam 64% dos 81.691 funcionários da holding (dado do balanço social de 2019). E mais: 20 mil funcionários trabalham em esquema de rodízio.
A proposta dos sindicatos foi aceita pelo Itaú, que irá dar um bônus de desconto de 10% sobre o total de banco de horas de cada funcionário, sem computar aos sábados, domingos e feriados. O banco de horas começa a contar na partir do dia 1º de maio, após assembleia eletrônica (virtual), a ser realizada pelos sindicatos. E os dias que os funcionários ficaram em casa, desde a entrada em vigor da quarentena (distanciamento social), serão abonados até o próximo dia 1º.
Demissão: Em caso de demissão sem justa causa, o banco de horas não será descontado do valor da rescisão contratual. As horas trabalhadas aos sábados, domingos e feriados e horas noturnas serão pagas como extras.
Intervalo: Os funcionários de 6h poderão ter 30 minutos de intervalo e não apenas 15 minutos. E os caixas e gerentes têm a possibilidade de atuar na Central de Atendimento por 6h. Nesses casos, quem faz 8h trabalha somente 6h e não fica com horas em débito.
Home office: O Itaú irá fornecer treinamento e equipamento para trabalho em casa.
Pendências
1. Os sindicatos reivindicaram que o prazo de compensação do banco de horas seja de 12 meses e não de 18 meses. Já está definido que, ao final do prazo de compensação, as horas que sobrarem não será cobradas.
2. Inclusão lactantes e mães com filhos de até dois anos de idade no grupo de risco.
3. Disponibilizar testes para coronavírus a todos os funcionários, principalmente aos que participam de rodízio.
O Itaú assumiu compromisso em dar respostas às reivindicações.
Fonte: Contraf-CUT