Santander: demissões e desrespeito
Condições de Trabalho
Após lucrar R$ 3,7 bilhões no terceiro trimestre deste ano, cifra 19,2% maior que a registrada no mesmo período de 2018, o banco Santander deflagrou uma onda de demissões. Entre os motivos, simples redução de pessoal, extinção de cargos, falta de curso de CPA 10 ou mesmo baixa perfomance.
Desrespeitar os funcionários que contribuem para que o Santander Brasil mantenha a dianteira em termos de lucratividade (quase 30%) de todo o grupo, virou regra. Não bastasse as demissões, o Santander aumenta o valor do plano de saúde acima do “razoável”. E como inexiste transparência nos contratos com as operadoras, é impossível saber se o custo do plano subiu ou se o Santander reduziu a sua participação.
Para agravar o quadro, o Santander estendeu o desrespeito às entidades representativas dos funcionários. A presidente da Cabesp (indicada pelo banco), por exemplo, descumpriu o estatuto no que se refere ao atual processo eleitoral para escolha dos diretores administrativo e financeiro e Conselho Fiscal.
Para a presidente do Sindicato, Stela, é inaceitável a postura do Santander. “O diálogo, a negociação, continua sendo o melhor caminho”.
FOTO: JÚLIO CÉSAR COSTA