A Comissão de Organização dos Empregados (COE) e o banco Itaú se reuniram nesta quinta-feira (17), em São Paulo, para discutir o novo modelo de agência e o plano de Previdência Complementar dos funcionários. Na abertura da reunião, o banco apresentou os números referentes às admissões e desligamentos de 2018 e de 2019, solicitados pela COE. Porém, os números divididos por Estado, raça e gênero serão encaminhados posteriormente à Comissão.
Nova agência
O Itaú adotou um novo modelo de agência que tem salas de videoconferência, wi-fi, área interna com layout mais aberto, sem caixas humanos, com máquinas que realizam depósitos em dinheiro e pagamento com troco (inclusive moedas). O novo modelo será implantado em breve no Rio de Janeiro e na região Nordeste. Em São Paulo já existe. De acordo com o banco, as portas giratórias já instaladas nas agências que vão “tombar” e virar modelo serão mantidas. As agências sem os citados dispositivos de segurança vão permanecer como estão. O projeto, que favorece os meios eletrônicos, apontando para a digitalização total do atendimento bancário, preocupa a COE. O Itaú afirmou que não tem interesse em acabar com as clássicas agências. Porém, destacou que o número de unidades será reduzido.
Agências fechadas
O Itaú anunciou o fechamento de mais 86 agências normais e 18 agências do Personnalité, até o dia 25 de novembro. O banco assumiu o compromisso em realocar os funcionários. Diante dessa informação, soma-se 240 agências fechadas neste ano.
Projeto: Longevidade
O Itaú apresentou o Projeto Piloto de Longevidade, que será testado em 16 agências de São Paulo, com a contratação de terceirizados, com mais de 50 anos e carga horária de 20 horas de trabalho, responsáveis por familiarizar os clientes mais velhos aos meios eletrônicos. O projeto terá duração de cinco meses.
Previdência Complementar
De acordo com o Itaú, 72% dos funcionários têm Previdência Complementar. O grupo sem Previdência (28%) tem em média quatro anos de empresa e idade média de 29 anos. “Os números mostram que é fundamental o Itaú reestudar os valores que são pagos em contrapartida no Plano PGBL (616). Hoje, o mínimo é 0,5% e o máximo, 2% do salário. Esse debate vai para mesa de negociação com a Fundação de Previdência Itaú”, destaca o coordenador da COE, Jair Alves.
Reunião: A próxima reunião entre a COE e o banco será realizada entre os dias 10 e 11 de dezembro.
Fonte: Contraf-CUT