A Comissão de Organização dos Empregados (COE) se reuniu no último dia 28 com representantes do Itaú Unibanco para discutir emprego, remuneração e gestão de pessoas. O maior banco privado do país informou que foram fechadas 214 unidades no primeiro semestre deste ano, envolvendo 4.226 funcionários; 94% foram realocados. O diretor do Sindicato, Mauri Sérgio, participou da reunião como representante da Federação dos Bancários de SP e MS.
Agir e SQV
Os dirigentes sindicais reivindicaram a abertura de negociação sobre os programas Ação Gerencial Itaú para Resultado (Agir) e o Score de Qualidade de Venda (SQV). O Itaú Unibanco foi um dos pioneiros na utilização de ferramentas de gestão organizacional fundamentadas em avaliações de resultados e qualidade. O Agir é a maior ferramenta desse tipo dentro da instituição. Porém, só voltada para as agências de varejo. Mais recentemente, o banco lançou o programa conhecido pela sigla SQV que visa, segundo a instituição, avaliar o comportamento das vendas realizadas pelos bancários; na prática tem gerado penalidades aos trabalhadores. Os dois programas, cabe ressaltar, foram implementados sem a participação dos representantes dos bancários.
Na próxima reunião entre a COE e o Itaú Unibanco, a ser realizada no dia 18 de setembro, será entregue uma pauta sobre os dois programas. As reivindicações serão baseadas em pesquisa realizada entre os funcionários e estudo elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). E mais: o banco se comprometeu em esclarecer o programa “Vai que dá”, lançado recentemente.
Gestão
O COE apresentou aos representantes do Itaú Unibanco várias denúncias sobre humilhações ocorridas durante o processo de demissão e de transferências de funcionários para agências a mais de 20 quilômetros da anterior.
Fonte: Contraf-CUT