A Comissão Paritária da Promoção por Mérito retomou no último dia 22 deste mês de maio as discussões sobre os critérios para o período 2019/2020. Na reunião anterior, cabe destacar, os representantes da Caixa Federal informaram que alguns dados solicitados pelos representantes dos empregados só estariam disponíveis após a publicação do balanço. O diretor do Sindicato, Marcelo Lopes de Lima, participou da reunião.
A Caixa Federal apresentou informações referentes aos impactos da promoção por mérito 2019, ano base 2018, na folha salarial e proposta de novos critérios para 2020, ano base 2019. Os representantes do banco público esclareceram que os critérios foram construídos a partir de “benchmarks” (processo de comparação de serviços) realizados com outras empresas públicas, considerando que os empregados têm dificuldades em fazer distinção entre a avaliação subjetiva da promoção por mérito e a “avaliação do estilo” da GDP (Gestão por Desempenho de Pessoas).
De acordo com a proposta da Caixa Federal, os deltas serão distribuídos para os empregados que atingir o desempenho consolidado na GDP nos quadrantes eficaz, superior em estilo, superior em resultado e excepcional. No último ciclo do instrumento, foram incluídos pela primeira vez os empregados que não ocupam função gratificada/cargo comissionado efetivo.
Hoje, a nota da GDP já define a participação em PSIs e descomissionamentos. O resultado do instrumento, segundo o banco público, é disponibilizado sempre após o fechamento do balanço do banco. O que extrapola o prazo definido para o pagamento dos deltas, que é o mês de janeiro. Além disso, por entender que se trata de instrumento de gestão, a Caixa Federal não discute o conteúdo da GDP com os representantes dos empregados.
Próxima reunião: A Comissão volta a se reunir no dia 4 de junho. Os representantes dos empregados devem apresentar proposta alternativa para a sistemática da promoção por mérito.
Para o diretor do Sindicato, Marcelo Lopes de Lima, “o grande problema da proposta da Caixa é tirar do âmbito da mesa a definição dos critérios da promoção e transferir para um instrumento de gestão do banco ao qual não temos nenhum tipo de acesso na elaboração”. Outro problema, segundo Marcelo, é que não existe nenhum ciclo completo desse instrumento, que inclui todos os empregados. “Os TBs (técnicos bancários) só foram incluídos no ciclo que termina no final de julho. Não podemos vincular a obtenção do delta a um instrumento que não realizou uma avaliação global, de todos os empregados”.