O presidente da Caixa Federal, Pedro Guimarães, anunciou no último dia 17 mais um PDV (Programa de Desligamento Voluntário). O prazo de adesão abre nesta segunda-feira (20) e se estende até o dia 7 de junho. O plano visa atingir 3,5 mil empregados lotados na Matriz e em escritórios regionais e economizar R$ 716 milhões por ano. O ‘incentivo financeiro’ ao empregado será equivalente a 9,7 remunerações base, limitado a R$ 480 mil. Nos últimos dois anos e meio, a Caixa Federal realizou três PDVs; com adesão de mais de 10 mil empregados.
Ao mesmo tempo em que anunciou o novo PDV, o presidente da Caixa Federal afirmou que os aprovados no concurso de 2014 serão chamados, porém não estimou o número de convocados. A Caixa Federal tinha 85 mil empregados no final de 2018. Segundo dados da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), 2.728 empregados se desligaram no ano passado.
Para o diretor do Sindicato e representante da Federação dos Bancários de SP e MS na mesa de negociação com a Caixa Federal, Carlos Augusto (Pipoca), o novo PDV é mais uma “etapa do processo desmonte, sucateamento do banco público, prejudicial ao desenvolvimento econômico e social do país. A redução do quadro de pessoal resulta em sobrecarga de trabalho, em adoecimento. Sem falar no descomissionamento arbitrário, na precarização do atendimento à população e na perda da experiência acumulada pelos empregados ‘convidados’ a sair”.