O Banco do Brasil manifestou concordância em se reunir com os sindicatos para discutir a recente onda de descomissionamento por GDP (Gestão de Desempenho Profissional) e o programa de metas Conexão, durante mesa permanente de negociação, realizada ontem (6), em Brasília, para tratar da Unidade de Atendimento Varejo (UNV).
Os dirigentes sindicais destacaram que os descomissionamentos estão ocorrendo em desacordo com as regras estabelecidas. A avaliação 360º (superiores, subordinados, pares e autoavaliação), que inclui vários quesitos para compor a média, foi descartada; prevalece apenas a análise do superior. “O que desvirtua completamente o conceito original da GDP”, frisa a diretora do Sindicato Elisa Ferreira, que participou da mesa como representante da Federação dos Bancários de SP e MS.
Quanto ao programa de metas Conexão, os dirigentes sindicais apresentaram diversas reclamações; entre elas, mudança de parâmetros, impossibilitando que a maioria das carteiras atinjam os objetivos propostos. O que resulta em impactos negativos na PLR e no Programa de Desempenho Gratificado (PDG) e abre caminho para o descomissionamento.
Unidade de Atendimento Varejo
Os representantes do BB apresentaram as mudanças no modelo de UNV, que foi estendido para 106 praças; entre elas, Campinas. Inicialmente a UNV estava em quatro praças (Joinville, Ribeirão Preto, Curitiba e Belém); depois ampliou para São Paulo e Brasília.
Os dirigentes sindicais questionaram, entre outros pontos, as estruturas das UNVs, a ascensão profissional e a trilha de carreira. Quanto à alteração no nível das agências, os representantes do BB disseram que não há previsão de mudança. O banco estuda um modelo que contemple os diversos tipos de agências e escritórios.
Para a diretora Elisa Ferreira um problema grave é que “as metas estabelecidas são maiores que o volume de clientes. Isso porque as carteiras foram migradas. Sem falar que muitos dos atendimentos não geram negócios”.