Reunidos no 6º Congresso dos Bancários, Financiários e Cooperavitários de Campinas e Região, realizado no último dia 24 em Campinas, 66 delegados (44 homens e 22 mulheres) aprovaram as propostas de luta apresentadas na tese da diretoria do Sindicato.
Além da mobilização da categoria em defesa de melhores condições de trabalho e contra os ataques aos direitos dos trabalhadores, a diretoria do Sindicato reafirma em sua tese o compromisso de lutar em defesa das instituições democráticas, da liberdade de pensamento, de expressão, de opinião e de organização.
Entre as propostas aprovadas, cabe destacar: 1) construção de um projeto de lei para atualizar a legislação trabalhista (Lei nº 13.467/2017 frente às novas tecnologias e reverter os retrocessos introduzidos pela reforma trabalhista aprovada em novembro do ano passado; 2) previdência pública e universal; 3) efetividade das políticas do SUS/Sistema Único de Saúde; 4) política tributária progressiva, incluindo a cobrança sobre lucros e dividendos de pessoas físicas; 5) valorização do salario mínimo; 6) regulação das novas tecnologias nos serviços bancários, com protagonismo do trabalho humano; 7) protocolo de venda responsável para combater o assédio moral; 8) fim da discriminação, pela igualdade de oportunidades; 9) plano de carreiras, cargos e salários para todos os trabalhadores do ramo financeiro; e 10) aumento da segurança no trabalho.
Painéis
Economia: Em sua palestra sobre “Perspectivas Econômicas”, o professor Waldir Quadros (Unicamp/Facamp), disse que o “momento é de indefinição”. Quanto às propostas anunciadas pelo governo recém eleito, Waldir Quadros frisou que “não vejo nenhuma perspectiva de retomada do crescimento econômico e de redução do desemprego”. No trimestre junho, julho e agosto a taxa de desemprego atingiu 12,1% (12,7 milhões de desempregados), segundo o IBGE. No que se refere a propalada política de privatizações das empresas públicas a partir de 2019, o professor vaticinou: será “por dogma e negócio”.
Tecnologia: Ao abordar “Novas Tecnologias (Indústria 4.0) e as Mudanças no Mundo do Trabalho, em especial no Sistema Financeiro”, o professor Daví Antunes (Facamp) disse que o “grande efeito’ tem sido a “precarização do trabalho e a redução de postos de trabalho”. A saída para criar novos empregos, segundo o professor, é a redução da jornada de trabalho.
Moção de repúdio
O 6º Congresso aprovou também Moção de Repúdio à prisão do ativista argentino Daniel Ruiz, delegado sindical, petroleiro da província de Chubut (Patagônia argentina), proposta pelo bancário Angelo Argondizzi Marcelino.
Daniel Ruiz foi preso no último dia 12 de setembro, após participar de atividade de apoio aos trabalhadores do Estaleiro Rio Santiago. O petroleiro tem participado da mobilização contra a reforma da Previdência Social e ajustes fiscais do governo argentino Maurício Macri. A Moção pede a liberdade de Daniel Ruiz.
Caderno de Teses: (clique).
Fotos: Júlio César Costa
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06/12/2018
6º Congresso da categoria define ação do Sindicato
Reunidos no 6º Congresso dos Bancários, Financiários e Cooperavitários de Campinas e Região, realizado no último dia 24 em Campinas, 66 delegados (44 homens e 22 mulheres) aprovaram as propostas de luta apresentadas na tese da diretoria do Sindicato. Além da mobilização da categoria em defesa de melhores condições de trabalho e contra os ataques... Veja mais
Moção de repúdio à prisão de Daniel Ruiz, petroleiro argentino
O 6º Congresso dos Bancários, Financiários e Cooperavitários de Campinas e Região repudia firmemente a arbitrariedade e a prisão de Daniel Ruiz e exige sua imediata libertação. Chamamos ainda ao firme apoio e solidariedade todas as organizações sociais, sindicatos, partidos políticos e organizações de direitos humanos para denunciar esse fato.
– Abaixo à repressão.
– Pelo fim das perseguições políticas aos lutadores e ativistas sindicais na Argentina, em particular ao companheiro Sebastian Romero.
– Pela imediata libertação do companheiro Daniel Ruiz.
Campinas, 24 de novembro de 2018